sábado, 28 de junho de 2008

O Homossexualismo a Longo Prazo

Braaaaaains...

O Inominativo volta do mundo dos mortos, caros leitores! Dois meses de uma vida beirando a imprestável, o autor que vos escreve decide que é hora de retornar à ativa de vez, retirando o blog do caixão em que ele estava enterrado, e dando uma vida nova pra ele. Agora, com meu blog-zumbi, atacamos o mundo dos vivos! Peguem as espingardas! Salve-se quem puder!

Oh, bem, antes de chegarmos ao prato principal, vamos à algumas considerações. Leiam esse trecho como "Desculpas que o Rafael dará por ter abandonado o blog por tanto tempo". Eu devo algumas aos senhores. Pois bem.
Nos meses que intercalaram o post passado e este que vocês agora lêem, muitas coisas diversas ocuparam a minha cabeça e, sinto lhes informar, nenhuma delas era piegas o suficiente para preencher nem meio parágrafo de um post daqui. Nesses dois meses, o Rafael que vos fala esteve ocupado tentando repensar a sua vida e suas prioridades, repensar o Universo, a Coca-Cola, o cotovelo e o cotonete. Vejam vocês, o medíocre desempenho estudantil que venho adquirindo na minha sempre-amada FEA-USP (aos que não sabem, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) me fez pensar que, talvez, fosse hora de eu rever minha vida. Resultado: não deu nada de diferente. Eu sou muito resistente quando o assunto é algo relacionado a mim mesmo. Eu não vou mudar nem que eu queira, então pra que tentar? Só precisava tentar entender um pouco mais as matérias. Farei o possível semestre que vem. Quem sabe?
Neste ínterim, muitos seres humanos me cobraram a sobrevida deste blog. Aos que nunca desistiram daqui, sintam-se vitoriosos! O Inominativo voltou! Será que pra ficar? Pago pra ver. :)

O HOMOSSEXUALISMO A LONGO PRAZO
Por Que Isso Me Beneficia?

Havia essa boa época do passado, em que os homens eram viris, fortes, suados e peludos, e as mulheres eram carinhosas, amáveis, jovens e sadias. Não, não estou falando de uma propaganda de academia, tampouco de um jogador de futebol e sua namorada top-model. Falo, sim, dos idos pré-históricos, em que só sobrevivia quem corria bagarai, meu rapaz. Os homens precisavam dos seus físicos em dia, para buscar refeição e defender sua prole de inimigos externos. As mulheres, sempre bonitas e sadias, tinham que gerir o domus, além de aumentar a família através da gravidez, do parto, da amamentação e do ensino básico para os novos humanos. Sim, tempos difíceis, aqueles. Mas eram bem mais legais, lembram-se?
Como eu já cansei de frisar aqui, entretanto, a Revolução Industrial fez do mundo um lugar mais veadonho. Os homens, antigamente sarados e parrudos, agora ganhavam pancinhas de chopp e usavam óculos fundo-de-garrafa, e suas esposas passaram a trabalhar também, virando, muitas vezes, mais masculinas que muitos homens. O glamour de outrora se foi.

Aí, no glorioso Século XX, época de guerras e revoluções tecnológicas embasbacantes, também aprendemos a conviver e aceitar pacificamente as mudanças que iam e vinham. E com os homens enveadando cada vez mais, e as mulheres sapatando cada vez mais igualmente, a comunidade de "intermediários" na longa guerra dos sexos passou a crescer, quiçá exponencialmente. Em algumas décadas, os gays e lésbicas ganharam espaço na mídia e na política, fundaram um movimento global, adotaram uma bandeira e se convivem num ambiente que beira o anarcossindicalismo socialista-marxista do século XIX. Não era bem a idéia de Marx mas, hey, ele deve estar satisfeito, em algum lugar do pós-vida (no Inferno, eu espero ¬¬).
À medida que os "intermediários" crescem e somam grandes quantias numéricas, e ganham rótulos e distinções, formando verdadeiras nações pelo mundo afora (algo parecido com o Judaísmo, mas sem a barbichinha simpática), eles se tornam figuras importantes no jogo político contemporâneo. A tendência é eles se tornarem uma soma suficiente para aparecer em virtualmente todos os campos da sociedade moderna, até que seja extremamente natural um estabelecimento comercial com três ou quatro banheiros; além dos tradicionais "homens" e "mulheres" - que serão bem menos usados - teremos os "intermediários", ou teremos "gays" e "lésbicas". Ou teremos um único e simples "banheiro da putaria". Uêba! \o/

Uepa, peralá, dir-me-á um de vocês, ávidos leitores, ao notar que eu estou mostrando um sombrio cenário de gays e lésbicas dominando a humanidade pela superioridade numérica, enquanto os puros de coração sobram excluídos. Onde está o otimismo do subtítulo do seu post?, perguntar-me-ão.
O caso, senhores, é que eu gosto muito dos gays, mesmo mesmo. E não é porque eu sou são-paulino. É porque quando se convive com gays, eles têm uma característica muito interessante para quem é homem como, digamos, eu: um gay nunca dará em cima de uma mulher (teoricamente falando, pelo menos). Ele dará em cima de outro homem que, se for fraco, descobrirá seu lado homossexual também. Isto é: gays se eliminam aos pares, e levam com eles a concorrência que eles poderiam oferecer para um heterossexual. Então, ao ser um dos poucos heterossexuais remanescentes em uma sociedade com alto índice de homos, eu serei tratado a peso de ouro! É uma questão econômica simples: se um produto é raro, ele custa mais!

As mulheres que freqüentam esse blog acharão uma falha em meu raciocínio (mulheres nunca se cansam em tentar hostilizar os homens; vai ver que é por isso que nunca tomam a liderança da sociedade :D). Dirá uma feminista assídua - e eu sei que há muitas - que se é verdade que os homossexuais diminuem a concorrência entre os homens, as homossexuais diminuem o número de mulheres disponíveis! Se a gente assumir que homossexuais crescem igualmente para os dois sexos, a longo prazo os gays e lésbicas terão mais ou menos o mesmo número de integrantes e, por regra de três simples, concluímos que o número de homens e mulheres continuará relativamente igual (ou seja, o chatíssimo 1:1).
Ao que lhes replico: quem disse que o crescente número de lésbicas me incomoda? Au contraire, minhas excelsas e mui garbosas amigas. O Rafael que vos escreve não se incomoda em participar de atos explícitos como um simples voyeur, assistindo tudo de camarote, enquanto duas mulheres se "atacam". Hohoho, não mesmo :B

Recapitulando - no longo prazo, teremos um excesso de "intermediários", seres humanos que não se encaixam nem no "masculino" nem no "feminino". Os homens gays passarão a se relacionar, diminuindo drasticamente a concorrência pelas mulheres solteiras disponíveis. Em um primeiro momento, os homens heterossexuais serão disputados a tapas, assim como as top models internacionais.
Em um segundo momento, entretanto, as mulheres também passarão a se relacionar entre si, fazendo do planeta Terra um grande espetáculo sodomita, ao ar livre, de graça. Oras, diabos, um mundo pecaminoso e gratuito! O que mais eu quero da vida? Fora um suprimento ilimitado de batatas-fritas e Coca-Cola, minha vida estaria perfeita! Morrerei com complicações cardíacas aos 35 anos (precisa ter um coração forte pra agüentar essa vida de promiscuidade toda, e coração forte não é uma característica muito forte em mim ^^), mas eu morrerei extremamente feliz. E, se tudo der certo, irei pro Inferno legal, onde passarei a Eternidade vivendo a vida boa.
Me faz pensar: se existe um Deus, esse cara gosta de mim bagarai, rapaz. Olha só o futuro promissor que me aguarda...

Quanto a vocês, mulheres? Não sei. Mas se vocês precisarem de um heterossexual gente fina nos próximos anos, sabem onde encontrar um. :D

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Oh, bem! Ao reler este post, percebi que enchi ele de termos econômicos, e usei um tipo de raciocínio típico de pensadores economistas. Queiram me perdoar, não foi intencional. Isso significa, entretanto, que a faculdade tem surtido algum efeito, né?
Com isso, eu tenho mais um post do Inominativo para animar os senhores! Yeah yeah! Muito provavelmente, será o único post de Junho, porque é muito provável que, agora em diante, eu só poste nos fins de semana. Então, até o próximo post do Inominativo, cambada. Salut!

Ouvindo:
Darts of Pleasure
Franz Ferdinand
Franz Ferdinand (2004)