terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Psicologia Eletrônica

Bom-dia, senhoritas, senhores, distintos cavalheiros e damas, membros eruditos e senhores plebeus e demais massa popular! Vamos continuar a nossa saga em busca da filosofia piegas! Eu, em posição de autor deste blog, vou postar agora mais uma infeliz idéia que já está a tempos em meu (in)consciente. Hooray! \o/
Tenho plena convicção de que os senhores amigos sabem que eu adoro video-game. Sim, eu sei que alguns de vocês não sabem como eu posso me divertir com meio quilo de plástico e componentes eletrônicos, mas, puxa vida, é uma das melhores coisas que inventaram, depois do sorvete de flocos e das transmissões de futebol. Agora, Rafael aqui não se engajaria em um projeto de vida se ele fosse fútil, não é mesmo? Então, permitam-me explicar aos senhores o que eu vejo de importante na prática de jogos. Mais do que um método de entretenimento e diversão, ele é um avançado sistema de tratamento psicológico!! Duvidam?

Psicologia Eletrônica

Carlos tem 24 anos. Está realizando sua pós-graduação na área de Marketing, e trabalha em uma empresa do mesmo ramo. Muitos de seus colegas de trabalhos são conhecidos da faculdade que ele concluiu, ou de outras faculdades, mas que ele tinha contatos. Mas Carlos se sentia entre amigos. A não ser por um leve problema: com seu vigésimo-quarto ano recém-completo, Carlos tinha que agüentar as chacotas de seus amigos, que torturavam o nosso herói. Ele era, relativamente, o mais novo, então todos os outros já haviam passado por esta idade. Mas lá estava ele, sendo diariamente lembrado que era o número do veado. Que Carlos estava meio afetado. Que ele trabalhava à noite como Carlota. E coisas do gênero. Apesar de Carlos ser um cara gente-boa, ele tinha um leve problema com piadas deste teor. Ele ficava realmente ferrado. Queria bater em seus amigos. E como seus amigos eram marketeiros, tinham piadas mirabolantes e realmente engraçadas. Ele começava a imaginar um estrangulamento, sempre que alguém fazia piadinhas. Parecia o cenário perfeito para o nascer de um serial-killer, não acham?
Eis que o irmão mais novo da namorada de Carlos ganha um video-game! O modelo do video-game, bem como o jogo que maravilhou nosso amigo são de pouca importância. Nos apetece saber, somente, que ele adorou jogar um dos jogos, em que ele saía matando as pessoas pela cidade. A partir de então, Carlos comprou um video-game para si, e passava o fim-de-semana descontando toda a sua fúria nos bonequinhos dos jogos! Ah, que diversão, assassinhar um otário em nome das piadas que ele tinha que engolir... Depois de sua aquisição, Carlos foi trabalhar com um humor muito melhor. E descobriu a responder as piadas. Até que ele respondeu uma piada do chefe, e foi quase demitido. Mas isso não importa. Carlos descobriu a cura de suas crises! Os elétrons!
Poderia ser feita uma analogia para a maior parte dos males que aflige a sociedade, hoje em dia. Oras, se o seu filho é um espoleta que não pára de destruir a casa, dê um video-game para ele, e mantenha-o calmo, enquanto você limpa a casa. Se o seu marido é um bunda-mole que não faz nada direito, dê um jogo difícil, e o desafie a terminar, para que ele treine a convicção dele. Se você tem problemas de estresse, compre um jogo de guerra e mate pessoas. Se você tem a mente lesa, compre um jogo de luta e seja rápido com a mente!
Notavelmente, pode-se perceber que eu vejo o meio quilo de plástico e componentes eletrônicos como uma importante aquisição psíquica dos humanos. Ué, se a gente não consegue lidar com os problemas na vida real, pelo menos na vida virtual a gente se vira. Quem nunca quis matar aquela vizinha dedo-duro que contava tudo pra sua mãe? Você às vezes não fechava os olhos e imaginava ela sendo baleada? Então, um grupo de nerds americanos fizeram os videozinhos e os barulhinhos de uma pessoa sendo baleada. Agora, é só você realizar o seu antigo sonho!

Sem mais, eu me despeço do Inominativo e de vocês, senhores. Agora que tem um novo texto acá, sinto-me livre para realizar outras obrigações da vida. Tem um jogo que estou me esforçando para chegar ao final, porque a história dele está interessante. Um abraço, senhores! Um beijo, senhoritas! E até o próximo encontro.

Post-scriptum
Antes de concluir, quero dizer que acabei de bater um recorde! Na história do meu adoradíssimo O Mal do Século, eu nunca havia postado mais de cinco vezes em um só mês. A média era três, às vezes quatro, estourando, cinco. Mas com a postagem de hoje, o mês de Janeiro de 2007 termina com seis postagens! E não tem nenhuma postagem enche-lingüiça, todas elas têm fundamentos. Que orgulho de mim mesmo =)

Ouvindo:
They Don't Want Music
Black Eyed Peas & James Brown
Monkey Business (2005)

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Por Que Eu Amo São Paulo?

Oras, e não é que a Mari me deu idéias legais para atualizar o Inominativo? Mas eu pensei, depois - cazzo, ontem foi dia 25 de Janeiro! São Paulo fez 453 anos! É injusto eu não escrever nada a respeito!

Por Que Eu Amo São Paulo?

Não é difícil responder essa se você quiser uma resposta rápida. Eu nasci aqui. Quer dizer, se eu não gostar da cidade onde nasci, que diabos de lugar me faria feliz? Fora que eu cresci aqui, estou em São Paulo faz 19 anos. Ou eu a amaria ou eu a odiaria. Como eu sou, overall, um cara feliz, eu sou obrigado a gostar da cidade. E tem também o fato de eu ser orgulhoso com a minha condição. E ter orgulho de mim implica em ter orgulho de onde eu vim. Entende?
Mas, é claro, não é só isso. Porque, se fosse assim, eu amaria qualquer cidade que eu nascesse. Só que eu não quero pensar em São Paulo somente assim: a cidade que eu amo por acidente.
Gosto de morar aqui porque eu tenho uma terrível afinidade por coisas importantes. Reinos importantes da Europa, sites importantes na internet etc. Tem vezes que é legal você fazer parte de algo grande. Daí que eu gosto de morar em São Paulo! Quer dizer, a cidade é grosseiramente grande. É uma das cinco maiores do mundo, contando toda a mancha urbana. E, meu, sei lá, eu acho tão legal isso! Saber que existe TANTA gente morando no mesmo lugar e, ao mesmo tempo, em lugares tão diferentes! Saber que você pode conhecer pessoas até não agüentar mais, pode ir em um museu que nunca foi antes e ver coisas absurdas, saber que tudo está acontecendo, seja três da tarde ou três da manhã... Eu gosto do fato de saber que se eu precisar de qualquer coisa, seja lá o horário - ainda mais nos últimos anos, que eu me desgarrei do horário comum para a humanidade - eu posso achar. Uma balada, uma padaria, um hipermercado... Só falta eles colocarem linhas de ônibus na madrugada, pq é um porre sair mais cedo de um evento social pq não tem ônibus.
Outra grande afinidade que tenho é pela capacidade humana. Já deixei bem claro nos outros posts que a humanidade realmente é fascinante, para mim. Eu gosto de ver o que esses macacos pelados descobrem, como eles se viram... Bem, um centro urbano é a melhor maneira de ver como a humanidade se vira, no hábitat deles. Os prédios enormes e artísticos, os barracos mais-ou-menos em lugares exóticos, os carros de última geração, as construções faraônicas, como quilômetros de trens subterrâneos ou pontes de dar inveja... E em São Paulo você não só acha isso, como acha tudo isso e muito mais a toda hora! Uma viagem de ônibus em que você se atrever a olhar pela janela te mostra impressionantes coisas sobre a cidade. Um prédio executivo realmente interessante, um boulevard recém-instalado... Se eu não conheço a paisagem quando estou viajando, com certeza eu não durmo na viagem. Adoro ver coisas.
E ver pessoas. Impressionante como há pessoas. Pessoas bonitas e feias, simpáticas e grossas, pobres e ricas, brancos e negros... Eu gosto de ficar vendo o cotidiano, quando estou passeando a pé. Ver o cara na loja tentando um desconto, o bêbado conversando com a placa de proibido estacionar, a velhinha correndo atrás do ônibus, os garotos andando de skate na praça, a japonesa que ficou encharcada porque esqueceu o guarda-chuva, o gordinho trocando o pneu do carro com a família dentro dele, morrendo de calor... Eu gosto de ver as pessoas. Imaginar sobre a vida, pensar se é difícil para eles ser quem eles são. Ou só observar, mesmo. Como quem assiste um programa de TV.

Para completar e não fazer disto um discurso político - eu amo São Paulo. Nasci aqui, vivo aqui. Se puder, quero ter todos os meus filhos aqui e morrer aqui. Gosto de saber que nasci aqui, no meio da bagunça. No meio do calor humano, com pessoas indo e vindo, com pessoas fazendo e desfazendo. Aqui eu fui feito, moldado. E sou um paulistano. Vivo na cidade que vive. Sou somente mais um entre os paulistanos, mas eu sou um paulistano orgulhoso. Parabéns, São Paulo.

Desculpem o post piegas. Mas queria deixar claro que eu adoro minha cidade. De verdade. Feliz semana para vocês, pessoas!

Ouvindo:
Smiley Faces
Gnarls Barkley
St. Elsewhere (2006)

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Serviço Baraticida Nacional

Boa noite, irmãos, irmãs e amizades afins! Inominativo, Ano I, em mais uma postagem pra vocês! Sabe que, reparando acá com meus simpáticos botões - e olha que não tenho botões na camiseta -, notei que este blog está razoavelmente maduro, se eu comparar com o meu sempre amado O Mal do Século. Mas deve ser natural, acho. Quer dizer, você pega experiência quando faz algo por um certo tempo, e acaba ficando mais maduro, mesmo.
Bleargh, que papo de velho. Vamos ao que interessa!

Estava eu ainda ontem pensando em bichinhos simpáticos. Daqueles que voam pela sua sala, fazem bzzt e picam sua perna no meio da madrugada. Aliás, estes quase que me renderam uma postagem aqui, mas ficou sem-graça. Serei mais incisivo, então, e falarei do preferido de algumas pessoas: as baratas. Aliás, o preferido das meninas. Sim, o Inominativo sempre a serviço do público feminino.

MANUAL MODERNO DO MANO METROPOLITANO
Serviço Baraticida Nacional

Entendamos as baratas: elas não têm culpa de nada. Lá estão elas, pobrezinhas, sem o que comer, onde morar, sem estas regalias que nossos papais e mamães nos provêm desde que saímos da barriga anormalmente grande de nossas mamães. Mas as baratinhas, tadinhas, têm que se virar. Desfavorecidas por esta sociedade desigual, as pobres bicinhas têm de dar duro desde cedo. Morando nos esgotos das casas, comendo o lixo das pessoas... Daí, quando elas estão lá, na pausa para o almoço, comendo a marmitinha delas sozinha, no cantinho da cozinha, os seres humanos resolvem implicar com a pobre bicinha e resolvem de matá-la. Coitada...
Coitada é o escambau, se existe alguém neste mundo que tem que ter pena da barata é uma barata que sentirá falta dela. Eu sou um todo-poderoso humano, sou mau como um pica-pau, e não me importo com estes seres infelizes que não sabem negociar a paz. Então, como proceder para exterminar com precisão uma Gromphadorhina portentosa, ou outras das espécies de baratas?
O Instituto Cássia Eller de Extermínio de Baratas considera somente 2 maneiras de se matar uma barata. A primeira, recentemente alcunhada de "Método Emo", se consiste em envenenar a bichinha, fazendo-a inalar certos gases venenosos (como flatos de pessoas obesas) para que seu organismo (o da barata, não o seu) colapse e ela faleça. Note você que é justamente este o motivo da alcunha. Que merda de coisa de veado, envenenar ela!! Coisa sem-graça! (Pro caso de você não saber o que é alcunha, pergunte ao Google).
O segundo método, muito mais divertido, consiste em lembrar ao bicho que por mais fortuda e exoesquelética que ela seja, ela ainda sofre de uma terrível desvantagem. Ela é razoavelmente pequena. Portanto, armados de algo chapado o suficiente, podemos esmagá-la! Ah, a felicidade de vê-la ceder sob sua força, enquanto aquela melequinha amarela fica impregnada no carpete...
Como ficou visível que eu tenho preferência pelo segundo método, vou versar um pouco sobre ele. Para começar, a idéia é não dar trela pro inseto. Se o vir, agarre imediatamente o objeto manuseável mais achatado que estiver por perto. Não é demais lembrar que o ideal é usar o chinelo. Aliás, lembrem-me, qualquer dia destes eu falo sobre o chinelo ser, na verdade, um mata-baratas. O seu uso no pé é somente para facilitar o transporte dele.
Bom, ao achar seu chinelo, não tenha nojo. Baratas não mordem, não mijam, não soltam laser nem correm atrás do rabo. E são tão estúpidas que nem vão reparar se você chegar perto com um mata-baratas perto. Escolha um bom ângulo de ataque, e PIMBA!, desfira o golpe final. Se você fizer tudo com perfeição, você terá o resto de uma impertinente barata lá, jazida eternamente. Parabéns! Aliás, quanto maior o chinelo, ou o sapato, mais legal é o ataque. Legal mesmo é usar um sapatão. Daí, você deduz o porquê de "Instituto Cássia Eller". :P
Agora, se você realmente não quer topar com uma bichinha de frente, tudo bem, você pode usar Raid, ou qualquer veneno que lhe apeteça. Embora pareça mais divertido para alguns ver a barata agonizar até a morte, eu digo que isto é realmente cruel. Tadinha, já não basta ela morrer sem direito a apelação para o juiz, você ainda quer torturá-la? Mas cada um é cada um, e a gente tem que se convivermos [sic], certo?
Para concluir - antes que eu escreva um livro inteiro aqui -, mantenha isso em mente, quando vir uma barata: você ODEIA baratas. Não é nojo, não é medo, não é pavor o que você sente. É ÓDIO. Então lembre-se de deixar bem claro pra ela, ainda que ela seja inocente, irracional e não faça a menor idéia do que você está dizendo: você ODEIA baratas.
E boa caçada.

Finalizando
Meu irmão me contou esta, anteontem. Descobriu-se que ursos polares são alérgicos a napalm. Quando eles são expostos ao napalm, a pele deles fica extremamtente irritada. Interessante, né?

Ouvindo:
Shiver
Coldplay
Parachutes (2000)

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Drops

Já é hora de atualizar o Inominativo! Eu ia colocar ontem uma imagem deveras divertida, mas o servidor do Google estava de TPM, a imagem não entrava de jeito nenhum. Então fiquei de preguiça e postei hoje estes drops. Fiquem com eles, people! E abração!

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Passear em centros comerciais é um divertidíssimo passatempo, se você é que nem eu e adora se divertir com a humanidade. O problema é que nunca tem calçada suficiente pra passear. Desta vez, estive na Estrada do Campo Limpo, e toda calçada que eu ia tinha uma barraquinha. E impressionante como as barraquinhas parecem iguaizinhas. Brinquedinhos, bonequinhos, despertadores, pilhas e outros trecos e badulaques. Seriam estas barraquinhas alguma franquia? O dono dela deve ganhar um dinheiro legal.

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Falava sobre as calçadas porque, vamos combinar, como eles são folgados. Eles têm que colocar as barraquinhas no único caminho possível? Daí você tem que ficar desviando, passando por entre os pontos de ônibus e as barraquinhas. Ah, tem também os donos de mercadinhos que colocam um monte de anúncios e produtos pra fora da loja deles. Depois de andar 20 minutos na Estrada do Campo Limpo, você está apto a fazer dribles de futebol como o Denílson.

***

Saímos eu, minha mãe e meu pai para comprar um novo rack para a sala. Ia ficar bem legal. Passeamos a tarde toda, encontramos bons modelos, um luxo. Quando estávamos praticamente decididos do modelo que levaríamos, meu pai deu um aviso que ele poderia ter dado horas antes, enquanto a gente ainda estava em casa: "Querida, estou sem dinheiro". ¬¬
Resultado, voltamos pra casa de mãos vazias. Aliás, eu não, pq eu ganhei um par de tênis. Que a minha mãe comprou, porque senão eu ia ficar sem par de tênis nenhum. :P

***

Faz dois meses que eu ganhei o CD do Jamiroquai de aniversário - o meu mano mais velho, Eduardo, me deu um vale-presente, e eu comprei o disco -, e eu não consigo enjoar da zica do CD! E olha que estou me esforçando veementemente. Lá vou eu ouvi-lo de novo... Eu sei que isso não é de muita importância pra vocês, mas eu estou me divertindo mesmo. Oh, puxa, como eu gosto de música... /o/

***

Até a próxima postagem, gente boa! Não se esqueçam de colar os selos nos envelopes, hein?

Ouvindo:
Feels Just Like it Should
Jamiroquai
High Times: Singles 1992-2006 (2006)

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Abre Fácil

Boa tarde, macacada!
Há de haver, agora - e eu espero que tenha - aqueles que estranhem o fato de eu estar repostando aqui menos de uma semana depois do post anterior. Pois é, escrevi este texto no dia seguinte ao post passado, e o arquivei para postá-lo semana que vem. Mas pensei melhor - por que não colocá-lo logo para que todos vejam? Semana que vem eu me viro e penso em outra coisa. Deste modo eu me obrigo a ser mais criativo. Viu só como eu penso em vocês? ^^
Espero que vocês gostem. E se não gostarem, bem, rolem ladeira abaixo, e se machuquem muito.

Contos do Cotidiano
II - Abre Fácil

Eu sentei na cadeira. E olhei pra ele. Ele estava lá, em cima da mesa. Olhando pra mim. Me desafiando. "Tu queres, plebeu? Decifra-me, ou devoro-te!". Eu não poderia achar que era um blefe. Se eu não fizesse o jogo dele, eu não o venceria. Então era isso: fazer o jogo dele. Jogar o jogo dele. E vencer o jogo dele. Ou isso, ou a derrota, humano.
Eu não tinha muitas opções. Peguei o pacote de Bono nas minhas mãos, e olhei o colorido rótulo. Em um alegre destaque, estava o falso "Abre Fácil". Há, que jogada mais desprezível, pacote. A velha tática do "siga as indicações, humano boboca" não funciona comigo. Dei uma nova olhada no pacote e descobri, frustrado, que não havia saídas, novamente. Vai ter que ser o "Abre Fácil". Poxa.
Puxei no lugar indicado. E como eu esperava, não aconteceu nada. A merda do lacre ainda estava lacrado. Então eu usei de minha delicadeza para puxar a pontinha. Quando lembrei que não tenho delicadeza, que isso é coisa de frutinha. E frustrei-me. Mas não, não nasci para frustrar-me! Não desta vez! Tentei de novo. Nada. Outra vez. Começou a sair do lugar... mas era só o pacote me enganando. Porque depois voltou ao início. Indefectível, como antes. Mas eu NÃO VOU DESISTIR, ouviu bem, Bono?
Ele não deu a mínima. Acho que riu de mim. Então eu tentei ir por outros caminhos. Lembrei das eras antigas, quando os marqueteiros não tinham inventado o ludibriador "Abre Fácil", e a gente tinha que abrir o pacote com destreza. Por cima, onde a embalagem começa, saca? Mas eu descobri que as embalagens de hoje são melhor lacradas do que antes. É, não adianta, eu vou ter que voltar para o lacre sacana. Agora eu tenho certeza, o pacote está se divertindo.
Depois de mais de dez minutos tentando pela segunda vez vencer o "Abre Fácil", e de eu me lembrar de ofensas e xingamentos que havia tempos que eu não proferia, eu me lembrei do ensinamento da minha sábia mãe: "não adianta usar a força, filho, tem que ter jeito". Então eu relaxei, pedi desculpas ao pacote, fui me distrair com meu pequeno canino. Voltei à embalagem.
Nada.

Quer saber? fui à cozinha, peguei uma faca, e arrebentei o pacote em dois. Certeiro, no meio. 7 bolachas para cada lado. Pois é, mamãe, desta vez, não foi o jeito. Foi a força bruta, mesmo. Mais uma vez, vitória da humanidade \o/

Ouvindo:
Hot Tequila Brown
Jamiroquai
Dynamite (2005)

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Feliz 2007

Olá, visitantes! Amigos, amigas, desafetos e pessoas em geral! Bem-vindos ao Inominativo, edição 2007. O ano já começou, está no segundo dia, aliás, mas eu ainda não me acostumei muito com ele, pra falar a verdade. É capaz de eu escrever alguns 2006 quando for completar datas em cadernos e formulários. Deve ser porque eu não gosto muito de números ímpares. Não sei o que tenho contra alguns deles, mas 2007 é um negócio tão sem-graça... Ah, eu tinha que parar de ser implicante com os anos. Não é culpa deles, afinal.

De qualquer maneira, falhei em uma coisa, dessa vez, como sempre: eu não tomei nenhuma dessas resoluções de Ano Novo. Sabe, coisas como "prometo ser mais bonzinho", "prometo ser mais dedicado", "prometo conversar mais com meu pai", "prometo...", "prometo...". Eu fico com preguiça. Ah, fala sério, exige mó empenho para ser bonzinho no ano que começa. Se eu usar esse empenho, por exemplo, para vencer o chefão em Viewtiful Joe, eu seria muito mais feliz. :P
Além do que, vamos deixar de ser hipócritas: se eu não fui bonzinho, dedicado ou o raio que o parta, por que eu vou ser agora? Só porque um grupo de velhinhos com um chapéu pontudo e colares com cruz (leia-se o Papa e seus Bispos) decidiu que Primeiro de Janeiro é Ano-Novo, eu não vou mudar. Eu gosto da minha personalidade forte e decidida, ok?
Então, vou somente fazer promessas que sei que vou cumprir. Prometo solenemente:
* Ir para a faculdade, estudar, tentar aprender e tentar tirar boas notas. Não garanto sucesso.
* Ser um bom filho, um bom irmão, um bom amigo, uma boa pessoa. Não garanto sucesso.
* Definhar meu cérebro tentado passar os níveis nos meus jogos de vídeo-games. Não garanto sucesso, mas esse eu vou tentar com muito afinco.
* Pensar sobre a vida, a humanidade, as condições dos pobres e a futilidade dos ricos. Pensar em como melhorar a desigualdade, a injustiça e a calhordice dos políticos e panacas em geral. Garanto que não terei sucesso.
* Atualizar este blog. E é bom que eu tenha sucesso, pelo menos, neste.

Enfim, mais um bom ano para que nós enganemos a nós mesmos e vivamos nossa simpática vida humana no pedregulho azul. Espero que você escolha boas promessas para furar, rapaz!
Rafael deseja a todos vocês - mesmo a você que não está lendo - um glorioso 2007. Espero que vocês sejam, acima de tudo, felizes.

Caraminholas
Estava eu em uma simpática conversa com a minha amada Pamella via MSN - e espero que um dia eu venha a encontrá-la ao vivo -, quando, conversa vai, conversa vem, fui convencido por ela que deveria escrever um livro. Sabe, ela disse que acha que escrevo bem. Poxa.
Pois fui eu falar com o anjinho do ombro direito (sabe, que nem os do desenhos?), que também conheço como "mamãe". E não é que ela concordou com a Pamella? Minha mãe disse outra vez que ela viu em um programa de televisão - a memória da minha mãe a proibiu de saber qual programa ela, tampouco o canal - que existiam editoras que aceitavam projetos de blogueiros, para que eles publicassem seus trabalhos em páginas de celulose, veja só!

Prometi pra minha mãe que ia tentar me informar sobre o assunto. Será este o meu grande projeto para 2007? Espero que estas adoráveis moças estejam correctas ^^

Ouvindo:
Balada do Amor Inabalável
Skank
Maquinarama (2000)