quarta-feira, 25 de abril de 2007

Família

Woot! Animado que estou para mais uma postagem, reabro a Porta do Pandemônio, e posto no Inominativo! Um viva para o Caos!

Eu estava a pensar comigo, e com meus botões que não existem, sobre famílias. Pois é, todos temos uma. Algumas maiores, outras menores, outras que, hoje, resumem-se a somente um único exemplar - refiro-me ao filho pródigo que decidiu viver sozinho em uma cidade grande. Siiiim, nada como uma animada e mui feliz família, onde crianças fazem traquinagens, pais dão broncas, mães passam a mão na cabeça, o tio ensina a fazer bobagens... Ah, o lar brasileiro...

FAMÍLIA
Raio-X de um Lar Comum

Todo mundo conhece os ingredientes: uma casa onde vive um pai, uma mãe e alguns filhos. Claro que, dadas as circunstâncias, pode estar faltando alguns destes, ou alguns destes podem ter em abundância. Daí algumas famílias somam cunhados, tios, avós, e por aí segue. Então eu, o autor, dissecarei um pouco sobre esta feliz convivência - o único agrupamento humano que funciona há mais de 10 mil anos. Ahoy!

A Força Trabalhadora
Ou "quem fornece o dinheiro para a casa"
Este é fácil achar. Normalmente o papel é dividido entre o pai e a mãe, os fundadores da feliz instituição familiar. Trabalhando de sol a sol, os peões vendem o couro que Deus os deu por um punhado de números na conta bancária, no início do mês seguinte. E eles têm de se virar para pagar as contas de Maio em Abril com o salário de Março. São estes mesmos que participam da Diretoria Executiva da casa porque, afinal, quem tem dinheiro, tem poder. Então eles dizem o que pode e não pode ser feito, o que deve e não deve ser feito. Dão argumentos e explicam que há coisas que o dinheiro não pode fazer, como comprar um pônei e um pula-pula pra pôr na garagem. E quando lhes faltam argumentos, replicam com "se você vive na minha casa e come da minha comida, vai seguir as minhas ordens!". Tirania democrática, desde que os macacos pelados abandonaram os galhos.

Os Gasta-Níqueis
Ou "os vagabundos sustentados pelos pais"
Note, por favor, que nesta classificação nem sempre caem somente os filhos. Mas eles formam a vasta maioria. Armados de um estômago e de uma reserva de energia que parecem inesgotáveis, os demônios da Tasmânia aprendem desde muito pequenos as maravilhas do Capitalismo, e usufruem da gostosa posição de demandadores de dinheiro. Então eles comem, precisam ir para a escola, precisam de roupas, e de remédios, e de sapatos...
É claro que não são só as criancinhas que são gasta-níqueis. Eventuais cunhados, irmãos, pais e sogros que usam da sua conta bancária para sobreviver também entram na coletividade. Ainda que com os nossos pais a gente dê uma tolerância - afinal, eles nos alimentaram quando éramos pequenos - cunhados e irmãos não têm folga, não. E se você tem um cunhado/irmão nesta categoria, mande-o trabalhar! Agora!

Os Educadores da Nova Geração
Ou "os adultos chatões"
Favor, não confundam "Nova Geração" com um golpe de marketing para vender um novo produto. Me refiro à nova geração, os filhos de hoje, aqueles que não são a geração da qual os pais fazem parte. Freqüentemente, estes seres são os mesmos de "A Força Trabalhadora". Como eu expliquei, quem tem dinheiro tem poder. E estes senhores têm o poder de moldar seus filhinhos à sua imagem e semelhança, aproveitando ainda para corrigir erros terríveis, como peidar embaixo do cobertor ou coçar o saco na frente de todo mundo. Só não entendo porque eles se esforçam tanto, quando sabem que os filhos não aprenderão nada de importante do que eles estão ensinando...
Seja lá como for, os país tentam ensinar aos filhos coisas importantes, como o valor do dinheiro, da boa educação, do respeito e, muito principalmente, da hierarquia. Este pode ser ilustrado com um "quem manda aqui nesta casa sou eu!!", depois de uma boa sugada de ar para estufar o peito. Coloque depois uns socos no mesmo peito e temos um exemplar de gorila! Que pai que nunca perdeu a calma, tentando convencer o filho que era ele quem estava certo?

Os Des-Educadores da Nova Geração
Ou "os adultos legais"
São os familiares que não tem qualquer tipo de obrigações com a educação dos guris, e enfiam o pé no balde - como os tios, avós e primos mais velhos. Eles ensinam e incitam tudo aquilo que os pais se matam para dizer que é feio fazer. Coisas como ensinar palavrão, mostrar o dedo do meio, dar dinheiro pra comprar doces, ficar contando como se cola em uma prova... Normalmente, aquele tipo de coisa que os filhos gostam de aprender, e que acabam levando para a adolescência deles.
É possível que, mais do que aporrinhadores dos pais, os Des-Educadores tenham uma função social importantíssima: eles mostram para as crianças como é legal ser fora-da-lei! Não que as crianças precisem de incentivo, é claro, mas os Des-Educadores dão o apoio que as crianças precisam, como experiência e lógica para usar da melhor maneira possível esse nosso lado pecador... Hohohoho...

Os Aborrescentes
Ou "os aborrescentes"
Terror para os pais, terror para os tios, terror para os avós, terror para os irmãos mais novos. A geração entre os 12~18 anos (ou 10~21 anos, dependendo do contexto) são os mais amados seres da relação familiares. Nem crianças nem adultos, os Aborrescentes são aqueles que vivem ali, no meio, aborrecendo. Ouvem músicas barulhentas e sem sentido (ou, com somente um sentido - aborrecer). Gastam dinheiro sem dar satisfação - e em níveis terrivelmente superiores aos Gasta-Níqueis - aprendem a beber e a ficarem bêbados e a passarem mal, dão vexame, usam roupas esquisitas, querem colocar aqueles trecos no nariz pra parecerem bois... É, só um adolescente para entender outro. E, às vezes, nem eles se entendem.
Seja lá como for, eles também fazem parte da família, então tem que ter convivência, né? Os pais tentam persuadir os filhos a serem pessoas de bem e trabalhadoras. Lembram do Ensino Médio e da faculdade, e de como é difícil ser alguém na vida se não terminar os estudos. Lembram do filho do vizinho, que era o melhor na turma na Faculdade de Direito, e em como o aborrescente que está levando bronca não consegue tirar nota em Física... É. Fase difícil para quem está vivendo. Fase difícil para quem está convivendo com. Mas depois todo mundo esquece disso =)

Pois é, família. Cachorro, gato, galinha. Nada como conviver com pessoas que você odeia e adora. Pelo resto da sua vida, aliás. Mas é assim mesmo. Você não suporta viver com eles, mas morre de saudades quando não está com eles, não é? É.
Mande um beijo para a sua família =)

Ouvindo:
Parklife
Blur
Parklife (1994)

sábado, 21 de abril de 2007

Guerra dos 16-bit

Isso aê, pessoal visitante, gostei de ver! Se eu não faço um post decente, vocês não comentam! Só respondem ao meu blog se eu fizer um bom trabalho então, é assim? Tudo bem, esforçar-me-ei. Ahoy! \o/

Enttão hoje é dia de postagem. Sem delongas, vamos ao show, senão minha idéia esfria.

Guerra dos 16-bit

Hoje muitas pessoas reclamam destas traquitanas eletrônicas evoluídas - i.é., o vídeo-game. Com dezenas de botões a serem pressionados, alavancas, mudanças de câmeras, interatividade online e outras mordomias destas, muitas pessoas acreditam que o mundo da jogabilidade está mais avançado do que nunca, e que só tendemos a melhorar e ter jogos cada vez mais realistas.
Mas, vamos falar sério: quem quer jogo realista? Tá bom, alguns jogos realistas são bem interessantes, mas a gente gosta mesmo é do tosco. Coisas da boa era em que os controles tinham só 3 botões pra apertar, e o mais realista que você tinha era um encanador gordinho italiano que matava dragões japoneses com pulos. Siiim, os bons anos 90 da era dos video-games. Ah, lá vimos muitas coisas que certamente farão falta. Naquela época, os pais jogavam video-game com os filhos. As mães achavam simpático um ouriço azul correndo e fazendo loopings. E todo mundo achava simplesmente o máximo um jogo onde o maior popstar da música - leia-se Michael Jackson - saía chutando carinhas em hotéis e garagens. Ah, a tosquice dos anos 90...
O primeiro video-game que ganhei foi em 1990 (ou 1991, não me lembro). Era um tal Master System, cujo jogo embutido era um menino-macaco que era um príncipe de um reino tosco lá, e tinha que resgatar uma princesa tosca lá, que fora capturada e levada para um castelo mal. O menino-macaco era cabeçudo e tinha uma mão do tamanho de uma raquete de tênis. E saía fazendo estrago nos capangas malvados do vilão maior: inclusive os capangas que faziam uma disputa até a morte de jan-ken-po (!!). Estou falando, óbvio, de Alex Kidd. O menininho era o mascote da Sega, a empresa japônica de eletrônicos, até que uns nerds japoneses inventaram o ouriço azul que corre feito um corinthiano da polícia. Chegava a era 16-bit.
Pra você que não entende nada de vídeo-games, vou traduzir. Os processadores da época usavam sistemas de armazenamento de dados que cabiam até 16-bits (ou 2 bytes) de informações, o que era uma grande novidade (para se ter um parâmetro, o seu Pentium normalzão usa um sistema 32-bit). Então, eles tinham mais espaço para armazenamento e melhor capacidade de leitura de dados ao mesmo tempo. Um luxo. Nesta época, os dois maiores vídeo-games eram o Super Nintendo e o Mega Drive. Uma luta que marcou uma geração inteira de fanáticos.
A Sega saiu na frente, tendo lançado seu video-game quase 2 anos antes do SNES. Mas a Nintendo tinha um grande trunfo: um bigodudo italiano, que entrava em canos, pulava em inimigos e lutava com um enorme monstro verde para salvar uma princesa. Esse era o grande Mario. O bigodão itálico e seu irmão quase gêmeo, Luigi, fizeram sucesso como os Mario Bros., e eram o objeto de amor de vários fanáticos por uma boa disputa eletrônica. Quem aqui nunca perdeu horas matando monstros com um cara de macacão vermelho não teve uma infância feliz. Bem, daí que a Sega abandonou o menino-macaco, e lançou como seu novo mascote Sonic! Um ouriço azul adolescente metido a cool, que enfrentava um maníaco vilão tarado por robôs - o Dr. Robotnik.
Outro episódio da guerra 16-bit foi o controverso e adorado Mortal Kombat. Quando um bando de nerds americanos se juntaram para fazer um jogo, eles quiseram fazer algo realmente tosco. Diz uma lenda urbana que a idéia era fazer um jogo baseado no Jean-Claude Van Damme, mas ele estava estrelando o filme de outro jogo de luta (Street Fighter), então eles colocaram um ator canastrão no lugar dele, e colocaram mais uns lutadores toscos, como um lutador de kung-fu chinês meio afetado, um ninja que solta gelo, um ninja que tem uma cobra na mão, um deus do trovão e uma gostosa americana, para vender jogos para tarados. Nascia o Mortal Kombat, tosquice do mundo eletrônico. A Nintendo censurou o alto grau de violência do jogo, cortando o sangue e outras coisas do tipo. Mas a Sega manteve o jogo sangrento como antes, e eles venderam a tosquice como água. Quando o MK lançou sua segunda versão, a Nintendo também decidiu manter a tosq... erm, violência, e os personagens originais - que incluíam um soldado negão, uma princesa que lutava com leques, um cara metido a Alien que tinha lâminas retráteis nos braços e um Imperador que lutava de sunguinha. Sim, se você gosta de tosco, você definitivamente precisa jogar Mortal Kombat.
Mas as guerras 16-bits não ficam por aí. Tínhamos o Street Fighter. Os jogos de esporte e os de RPG. Os de corrida, também. Enfim, bons jogos toscos que tinham três botões para se apertarem, músicas que grudam no cérebro e mais coisas toscamente amáveis. Ah, a boa geração 16-bit...
Pois é, os anos 90 foram maravilhosamente gostosos. Bons jogos, boas músicas, bons programas de televisão, boas coisas. Ah, eu sou feliz, e adoro as boas coisas do Século XXI. Mas que dá uma saudade da boa era dos anos 1990...

Rafael fica por aqui! Será que este post é bom o suficiente? Espero que seja ^^
Até a próxima!

Ouvindo:
Little L
Jamiroquai
A Funk Odyssey (2001)

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Compêndio Filosofal sobre o Inferno

Boa tarde, espíritos que vagueiam por aí! Mais um agradável dia de quarta-feira, mais um agradável dia nas nossas vidas, para que não façamos nada de interessante! Ahoy!
Como eu também tenho o direito de não fazer nada de interessante, não consegui pensar em paçoca nenhuma para postar aqui no Inominativo. Uma pena, porque eu realmente estava a fim de postar. Então eu lembrei de um refúgio que tenho: buscar um post dO Mal do Século que eu tenha gostado e repostar aqui, para vocês vejam. Mágico, não?

REPETECO
13.07.05
Depois de ter postado o primeiro dos meus célebres Compêndios Filosofais - célebres pra mim, pelo menos, eu adoro lê-los - eu postei o segundo, que eu achei que ficou bem interessante. Depois dele, eu postei outros três, sendo que eu gosto de considerar o penúltimo como o mais genial. Qualquer dia eu repito ele aqui. Sem delongas, vamos à ação!

***

COMPÊNDIO FILOSOFAL SOBRE O INFERNO

Introdução ao Compêndio
Falar sobre o Inferno (maiúsculo ou minúsculo, tanto faz - adotarei o maiúsculo porque é o meu tema) é muito delicado em diversos aspectos. Primeiro - ninguém foi ao Inferno e voltou para contar o que tinha lá, então ninguém sabe. Segundo - para se ir ao Inferno, tem que morrer, e isso envolve questões físico-biológicas, aliadas a uma série de fatores judaico-católicos ocidentais ou não, que, enfim, tornam o ato de morrer só para estudo aprofundado do Inferno extremamente maçante e caro. Terceiro - Não se tem a localização exata do Inferno (embora jurem alguns que morar com a sogra é um atalho impressionantemente curto). E quarto - não se sabe nem se esse negócio existe. Assim sendo, prontifico-me para expressar uma série de questões filosóficas, dogmáticas ou não, polêmicas ou não, a respeito de um dos cantinhos do Universo mais bem conhecidos.
O que é Inferno
Para colocar em termos pequenos e rápidos, Inferno é o lugar onde você vai depois de morrer, se você foi um menino mal. Intrinsecamente ligado ao conceito de religião, o Inferno é um veeeelho conhecido dos cabeçudos que habitam esta pedrinha azul - a Terra. Ele vem sendo cunhado desde crenças remotas e ultrapassadas, e evoluiu muito até chegar nos dias de hoje. Ao ser humano (pobrezinho) é ensinado as coisas sobre o Inferno e, acredite, nada bom. E, o que é mais legal, as coisas pioram à medida que a humanidade evolui(?).Se antes o Inferno era só uma cavernazinha subterrânea, com homenzinhos vermelhos com tridentes e caldeirões, hoje ele se torna algo muito tecnológico e, em certos conceitos, interessantes, com rádios que tocam músicas eternamente, cadeiras elétricas, políticos com discursos eternos e muito mais (até as sogras dos amigos já citados). O Inferno seria, portanto, um lugar muito, muito desagradável.
Sobre ter medo
Uma vez que o pobre enfante aprende sobre o Inferno, o lugar mais abominável do Universo, onde todos que não fizeram as coisas boazinhas estão fadados a pagar por seus erros por tooooooda a eternidade, nasce o horrível sentimento do medo. "Meu Deus, um lugar onde te fazem tudo do ruim e do pior? Nhéééééé!!' é o que passou por nós quando estávamos em tenras idades. Ficávamos receosos a respeito de fazer isso ou aquilo, com medo do Castigo Divino nos julgar culpados (uma grande mão surge, apontando para você, e uma voz ecoa, retumbante: "Culpado...! Culpado...!"). Maluco, isso é amedrontador. Sem falar quando seus pais inventam de morar próximos a uma velha doida, que se acha beata de paróquia e sai pregando para tudo quanto é lado as falhas dos homens. E, diacho, ela sempre dizia que é proibido fazer o mais legal. Com o sentimento de culpa, vinha o medo. E pronto, vamos nós ficar com medo da vida e do mundo mais uma vez...
Controlando a humanidade com o Tridente de Satanás
"Quem tem... tem medo", diz um manjadíssimo ditado popular. Se é tao verdade isso quanto o fato de que todos nós temos... então fica evidente dizer: todos temos medo. O medo é um excelente acalmante emocional, sabe? Então, nada melhor que o medo para dar o calento à alma. Se você ensina aos outros a temer o Reino do Cão Maldito, eles terão medo... E ficarão bonzinhos. (Meu Deus, reli esse trecho três vezes, e ainda fiquei com medo do que escrevi. Estou parecendo um vilão de gibi.)
Assim, queridos, nada melhor do que dizer "Não matarás, senão vais ao Inferno" para acabar com a taxa de homicídios na sociedade. E daí é só pensar em outras proibições para impor aos pobres cordeiros, e eles não farão, se acreditarem em você! Pensando nisso, surgem as Igrejas Universais Triangulares do Quadrado Sagrado Circular. Igregas novíssimas, que querem cunhar a população, fazendo-as ver que o mundo pode ser salvo! É só fazer uma doação mínima para a conta que você está vendo no seu vídeo. Senão, o Inferno se abrirá, e os anjos de Satanás te puxaram para o mundo negro!!! Nyahahahaha!!
Todos juntos para o Castigo Final
A maioria das religiões pregam o Juízo Final, com um conceito um tanto maniqueísta, onde ou você irá para o Bem Supremo ou para o Mal Supremo. Igualmente, na maioria das religiões, há uma série de condições que o levam a ser condenado ao Mal Supremo. Uma delas é o fato de que se você não acreditar na religião em questão, vai pro Inferno. Peraê... Se uma religião condena os fiéis de uma outra religião ao Inferno, e essa outra religião condena os fiéis da primeira ao mesmo destino, só há uma verdade nisso tudo: Ninguém escapa do Inferno(!). Seremos fadados a pagar por nossa pífia existência aqui no lugar pior do Universo, onde não há sol e nem chocolate. Bom, eu, particularmente, acredito que entre ser condenado por roubar um ovo ou o galinheiro inteiro, eu prefiro ser condenado pelo galinheiro. Assim eu me ferro mesmo, e dane-se tudo. Bobos. Assim sendo, vamos pagar pelo que fizemos aqui, né? Então, todo mundo fazendo o máximo possível de pecados! Weeee!! Aproveite a vida!! E contratem um bom advogado: a parada celestial vai ser dura.
Fechando
O Inferno é um mistério, mesmo. Nunca saberemos quem encontraremos, o que será de nós, quem nos esperará, enquanto não morrermos. E bem, morrer é inerente a nós, então é só esperar a morte. Enquanto isso, continue pecando sem medo de ser feliz. E que tudo vá para o Inferno.
Caro Deus
Se você estiver lendo isso, compreenda, não estou favorecendo o pecado... Só estou dizendo para os perdidos que caem aqui neste blog - nada de estranho em pecar! Me absolva, e arranje um lugar bem quentinho no Céu, com um video-game super legal, por favor?

***

Então, eu termino aqui a postagem, esperando que em um destes dias eu tenha uma interessante inspiração para postar no Inominativo de novo. Aliás, nos últimos 10 dias eu tive 3 grandes inspirações. Mas eu esqueci de todas elas, então é como se eu não as tivesse. Boring. =/

Até mais, crianças! Espero que vocês tenham gostado! Vejo vocês da próxima!

Ouvindo:
Mil Acasos
Skank
Carrossel (2006)

sábado, 14 de abril de 2007

Radinho de Pilha

Olá, pessoal visitante daquê! Inominativo de volta, para o vigésimo post do ano, depois de uma atribulada semana! Eu tinha uma prova no fim dela, e decidi não usar muito a internet, para que eu pudesse estudar. Só que não deu muito certo - eu continuei usando a internet, arranjei joguinhos para jogar e não estudei. E também não postei nada aqui. Shame on you, Rafael...

Mantendo o ritmo, hoje eu vou falar um pouco mais sobre o cotidiano de um bom metropolita. Vamos embora, senão eu desanimo! Hooray!

Contos do Cotidiano
V - Radinho de Pilha

Sabe, muitos de nós, pobres mortais desprovidos de reservas financeiras abastadas (i.é, pobre), não podemos comprar tecnologicas nipônicas avançadérrimas, como o iPod - tá, eu sei, o iPod é coisa de americano nerd da Califórnia, mas eu gosto mais de fazer piada com os djapas. Seja lá como for, nós, os pobres mortais desprov... ah, os pobres, temos direito de ouvir boas músicas, acalentar as ondas cerebrais e sermos felizes. Mas na falta de um iPod, temos que nos virar com os instrumentos que Deus nos deu em sua santificada pena da raça humana. Refiro-me ao sistema de estações de rádio.
Manja o rádio de dial? Aquele ponteirinho que fica em um número e você tem que ir torcendo o sintonizador até achar uma música que você gosta? Pois é, o excelentíssimo rádio. Existem alguns até mais avançados, que mostram númerozinhos luminosos eletrônicos e tudo. Mas ele só é uma versão siliconada do rádio. Seja lá como for, é o que resta para pessoas, digamos,do meu tipo. Então, vai o Rafael sintonizar rádio. Aliás, aqui abro espaço para contar minha frustação com as rádios. Houve uma época, quando os preços eram acessíveis, os políticos eram honestos e as crianças respeitavam os mais velhos (fiz uma alusão ao vídeo Wear Sunscreen, caso não tenha notado), em que Rafael gostava de ouvir rádio. Eu ouvia a estação... bah, não vou dizer o nome da estação, e tocava lá boas músicas. Eu sabia um pouco sobre o que as pessoas ouviam nas rádios paulistanas, um luxo. Eventualmente, entretanto, a rádio enveadou. Passou a tocar... bah, não vou dizer as bandas emos que fazer sucesso hoje em dia. E quando não era emo era aqueles raps de gângsters americanos. Vou deixar claro - eu gosto de rap e hip-hop, acho um estilo musical dançante e fascinante. Mas eu não gosto da alusão ao crime e às drogas e à sexualidade barata. Eu ainda sou conservador neste aspecto, okay?
Então, pulhas, a rádio ficou imprestável. E eu deixei de ouvir rádio, mais ou menos no mesmo tempo em que fui presenteado com uma conexão à internet com banda larga, e pude ouvir música pela internet. De maneira totalmente legal, é óbvio.
O problema de uma pessoa que ouve música no computador é que ela não pode passar o dia inteiro no PC. Eventualmente ela precisa ir para outros cantos da cidade. E, no meu caso, ia eu para a escola - que depois foi substituída pelo cursinho - pegando as peruas, que são substitutas mais porcas, menores e consideravelmente mais velozes do que os ônibus. Peruas em si não são ruins. O problema é que elas têm rádios embutidos. E como elas são menores, a p***a da música é ouvida na perua inteira! Então eu entrava nas peruas e estava sintonizado na odiosa e abominável estação que eu odeio - na verdade, existem muitas estações para as quais eu nutro ódio. Então eu ia odiando a viagem, odiando o motorista, odiando ser pobre, odiando tudo. Credo, que mal-humor.
Mas o pior não era isso!! Não!! Eu achava que nada poderia ser pior quando eu entrava nessas peruas. Até o dia em que eu entrei (tão ingênuo o menino...) e vi que a rádio estava sintonizada em uma estação evangélica!!! AAAARGH!! O cara do rádio gritando coisas ininteligíveis a plenos pulmões e, pior, o cobrador dizendo "Amém, Senhor"!! Eu olhei para a cara do cobrador, para o motorista e desci da perua. =)
Desde lá, eu tentei pleitear com a minha mãe um CD-Player, um MP3-Player, sei lá, qualquer droga que não me obrigasse a ouvir aquilo. A minha mãe me jurou, uma tarde de Novembro, que queria me dar um iPod, mas ela descobriu que os iPods costumam ter quase 4 dígitos no preço, então ela desistiu. Então eu tive que me virar com aqueles radinhos de R$10, que só pegam FM e se você colocar na posição errada ele não funciona. Eu tive dois, e os dois funcionaram, somados, por 3 meses. Grande coisa... Continuei à mercê dos maléficos cobradores de ônibus.
Finalmente, consegui um tocador de CD! Aê!! Eu arranjava cds para ouvir no caminho, nem me importava com o que o chatão do motorista tinha colocado, e ia cantando Jamiroquai como se fosse música de natal. Aê! Até que a pilha recarregável parou de funcionar, e comprar uma nova é muito caro. Então, o que sobrou? Um walkman de 1987 que achei jogado aqui em casa. Comprei pilhas novas e, hoje em dia (me sinto Joseph Klimber), passo o dia ouvindo Alpha FM. Apesar de ser uma estação de tiozão, que só toca músicas de tiozão, eu lembro da minha infância, e da minha mãe ouvindo as músicas na Alpha FM, e das músicas que me ensinaram a engatinhar no Inglês... É a única rádio que eu não tenho medo de pegar uma banda cantando emo, ou gangsta rap, ou pagode, ou forró ou, pior ainda, um "aleluia, irmão!!". Quer dizer, a não ser quando eu chego no Campo Limpo, lugar esquecido pela metrópole paulistana, e o bairro onde moro. Aqui as rádios clandestinas começam a funcionar a plenos decibéis. E, quando eu menos espero, gritam um Aleluia entre uma música do Kool and the Gang. É o azar de se viver na periferia. =)

Ouvindo:
Too Hot
Kool and the Gang
Ladies' Night (1979)

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Banheiro Público

Boa noite, pessoal contente! Voltei do meu tempo ausente unicamente para postar no meu blog, porque ele precisa ser atualizado, não é mesmo? Issaê, então bora pra mais um post! \o/

Você, ser humano, que come, caga e dorme - não necessariamente nesta ordem - com certeza já vivenciou a desagradável experiência de depender de um banheiro público. Siiim, eu te entendo. Então, eu, o autor deste blog, decidi acatar a sugestão da Karlinha, que me sugeriu a respeito e teve persuasão o suficiente para me convencer. Então, peepz:

Banheiro Público
Triste Sina de uma Bexiga em Apuros

O Banheiro dos Manos
Estádio do Morumbi, 21h30. Acabou de acabar o primeiro dos dois tempos do jogo do São Paulo FC contra uma genérica equipe estrangeira pela Libertadores. Você, todo pimpão, decide ir ao banheiro e aliviar a tensão porque, é claro, você não vai sair do seu lugar no meio do jogo. Vai que sai gol?
Em primeiro lugar, banheiro de homem não foi feito para os fracos. A primeira barreira é o agradável cheiro de uréia que sai do lugar. Parece arma biológica. Quem é fraco vai ficando pelo caminho, sem agüentar o desafio. Se você agüenta, você tem que entrar no banheiro e preparar o estômago. O chão todo molhado, uns pedaços de papel higiênico a esmo no chão, uma das lâmpadas meio quebradas, piscando. Você vê aquilo e imagina de onde vem a água. Alguma privada entupida? Eeew, nem queira imaginar porque entupiu...
Bem, se você resolver olhar pro lado, vai ver os outros homens, fazendo as necessidades deles. Tem aquele cara de 4m² usando o espaço de 3 caras para urinar em só um mictório, e tem aquele cara que você suspeita que esteja a fim de ficar "olhando", se você me entende...
Muito bem, sua última opção é entrar nas cabinezinhas. Primeiro, você tem que ter certeza de que não há ninguém ocupando. Visão terrível abrir a portinha e o cara está lá, mandando o recado dele. Então, certifique-se de que não há ninguém ocupando e, pior ainda, de que o vaso está ocupado, se você me entende. Aí, sim, pode ir fazer as suas necessidades. Trocar o óleo, sabe?
Aliás, ir ao banheiro público é uma boa idéia para você se inteirar da sabedoria popular. Ler um pouco sobre as coisas, piadinhas, coisas mais sórdidas, como pessoas vendendo o corpo e desenhando coisas obscenas, sabe? Na minha faculdade eles fazem piadinhas de economistas, então é algo mais intelectual, mas tinha um dito ótimo: "Economia é a entediante ciência do óbvio, e a Administração é a entediante aplicação do óbvio". Filosofias de Privadas... Pensei em chamar meu blog com este nome, mas ia ser muito trabalhoso ^^

O Banheiro Químico
Agora você está, digamos, na Praia Grande. Estava lá, pulando ondinhas, divertindo-se em meio daquele monte de gente agregada, parecendo que tá rolando show de graça dos Rollings Stone Ages. E você no meio deles, com uma cordinha no braço amarrada ao guarda-sol pra não se perder no meio daquele povaréu todo. Bom, seja lá como for, uma certa hora você tem que sair da água pra fazer as coisas, né? Daí você vê aquelas casinhas verdinhas, e sabe o que te espera: o banheiro químico.
Pra você que não foi, vou dar uma explicação que quem já foi concordará: o banheiro químico é que nem ouvir RBD: você não queria ter que fazer aquilo, mas você tem certeza de que será a última vez na vida. Em nome de Cristo!, como é horrível ir em um banheiro público! Pegue todo aquele futum de um banheiro masculino de rodoviária, multiplique por cinco e coloque em um cubículo de 1m². Pois é, esse é um dos banheiros mais limpos que você vai encontrar.
O que você deve fazer: não olhe pra dentro do buraco. Em hipótese alguma, olhe para dentro do buraco. A não ser que você queria acabar com seu dia de praia, passar mal por 5 dias e nunca mais conseguir comer na sua vida. Daí, faça rapidamente o que você tem que fazer. Não embace, não ensebe. Você não vai querer. Terminou? Ótimo, limpe-se e fuja desesperadamente. A exposição a estes gases pode debilitar seu cérebro e danificar seu rosto. Só depois de que você está a uns 15 metros você estará seguro o suficiente para voltar a respirar. E lembre-se: nunca mais volte a depender de um banheiro químico. Nem que sua vida dependa disso.

Notem que não há nada a respeito de um banheiro público feminino, mas é por falta de experiência por parte do autor. Eu espero - assim como acho que todos vocês esperam - que eu não freqüente banheiros femininos, não é mesmo? :D

Assim eu fecho o post de hoje, pessoal! A gente volta na semana que vem ou antes com mais um post! Hooray!

Feliz Páscoa, galera! E aproveitem o resto do fim de semana!

Ouvindo:
We Are the Sleepyheads
Belle and Sebastian
The Life Pursuit (2006)