Fim de Ano! Aew! O Inominativo chega para o fim do feliz ano de 2007, com um balanço positivo! Ié ié! O blog é repleto de pessoas ilustres visitando (vocês, naturalmente) e boas impressões dos visitantes. Já que é assim, eu me esforço e posto de novo, certo?
Certo!
Eu tinha algumas idéias boas. Só que duas delas já venceram, porque eram sobre o Natal e o Natal já se foi faz 4 dias - isso é muito tempo. E as outras eram ótimas candidatas para a postagem de hoje, mas eu acordei com outro problema na cabeça. Um problema grandão. É o problema que dá título ao post de hoje, o último do ano.
CALOR LAZARENTO
Quando o Tempo É Bom Demais
Viver em São Paulo é o máximo, claro que é. Vocês sabem que eu adoro essa cidade (e se você não sabe, deveria ler este post), que acho ela fantástica, maravilhosa, sensacional, um luxo.
O caso da cidade paulistana, entretanto, é que o "máximo" da primeira frase é levado a sério, e em diversas situações diferentes. O máximo de grandeza, de gente, de bagunça, de sujeira... Tudo aqui é no superlativo.
E esse "máximo" não falha quando falamos do clima. Vejam vocês, por exemplo, o Verão. Uma estação agradável, com muito sol, sorvete e roupas de banho. Mas a agradável Paulicéia surpreende sempre os moradores, e liga o termostato ao máximo, cabra! Quando você menos percebe, está um calor de 33º nas ruas, pessoas morrendo carbonificadas nas ruas, gente em pânico.
E quando chega o Infer... perdão, o Inverno, aqui também é o máximo da friaca. Tudo fica ainda ainda mais cinzento e mórbido na cidade que já é bastante conhecida por ser cinzenta e mórbida. O vento vem terrivelmente gelado e cortante, e nenhum lugar parece ser quente o suficiente pra compensar. Nem ônibus lotado de sexta-feira às 18h00 dá cabo do frio.
Isso pra não falar de quando chove. Esse nem precisa de explicação direito, precisa? Dois minutos de chuva são suficientes pra acabar com o trânsito tão pacífico, mas quem disse que só chovem 2 minutos em São Paulo? Ficamos três semanas sem nem olhar uma nuvem de chuva, e quando a chuva vem, mata quem estiver na rua afogado. As favelas vêm abaixo (de novo), todo mundo redescobre os guarda-chuvas a cinco reais. :P
O negócio da cidade é que a metrópole está em cima da famigerada Linha de Capricórnio. Manja, aquela linha que separa o que é Zona Tropical de Zona Temperada? Onde o sol bate em cima quando é verão, e onde ele passa looonge quando é inverno? Essa mesma. Então, a cidade paulistana está em cima dela (teoricamente falando, a linha passa acima da mancha urbana por alguns quilômetros, mas isso não faz a menor diferença em termos de clima, faz?), e a gente nunca sabe se a cidade está em Zona Tropical ou Zona Temperada. E a gente fica com o pior dos dois casos! Quando faz frio aqui, esfria tanto quando as nobres cidades do Sul brasileiro, e quando esquenta, é um calor lazarento dos infernos, porque a poluição ajuda a aumentar a temperatura no verão.
Haverá os que dirão para mim (porque sempre há) que aqui nem é tão quente assim, que no Nordeste ou no Centro-Oeste as temperaturas são ainda mais desagradáveis e destruidoras - o Norte não vale, a Amazônia alivia pro lado deles - do que as daqui. Ao que lhes respondo: acabamos de sair de um frio miserável no Inverno! Houve, em Julho, um dia em que chovia e ventava terrivelmente. Eu estava tentando instalar uma placa nova no computador que ora uso para atualizar meu blog, quando a temperatura baixou tão miseravelmente que eu sentei no sofá, agarrei os três edredons mais próximos e me fechei dentro deles, tremendo de frio. Quando eu dei por mim, todo mundo em casa também tinha se enfiado em algum lugar pra tentar vencer o frio, e ninguém conseguia fazer nada de útil. Um sábado gostoso de férias, e ninguém podia fazer nada, por causa do frio!
É nesta mesma sala, 6 meses depois, que entro depois de sair do meu quarto, e me deparo com todo mundo jogado em um colchão improvisado nada sala, porque ninguém aguentava ficar sentado no sofá. Eu, com a camiseta grudada de suor, minha mãe com a testa oleosa, meu irmão semi-dormindo, e todo mundo com o cérebro babaca. Eu acho que não saberia fazer uma conta de soma se me perguntassem.
Interessante, porque o calor meio que te impede de fazer as coisas. Você não consegue pensar em um calor infernal. Você olha para as coisas e tudo adquire um blur, um fosco. Você fica com preguiça de fazer qualquer coisa que envolva movimentar músculos, e isso incluir falar com clareza. Então você também tem dificuldades de ouvir o que os outros falam. E o raciocínio fica lesado, a preguiça aumenta, você fica devagar... Mais um típico dia de verão.
E aí, que muitos comemoram, e muitos reclamam. Há os que acham que é odioso viver nesse calor, derretendo, morrendo, sofrendo. Toda roupa que eles usam gruda neles, eles têm que usar litros de desodorante pra dar conta do cecê lascado, ficam com mau-humor e irritados... E há os que adoram o verão, querem usar menos roupas, pular em piscinas e praias, beber cerveja até cair, tomar sorvete...
É o melhor a se fazer, mesmo. Acordar mais cedo, partir para algum lugar legal com amigos e invadir uma sorveteria, aproveitar a praia, exibir para o mundo a sua felicidade brasileira :D
Agora, se você for um pobre lascado que nem eu, o melhor mesmo mesmo a se fazer é passar calor em casa, ligar um ventilador ao máximo e pedir piedade aos céus. Tente não desanimar e acabar com a sua vida, entrementes porque, como eu canso de falar, isso é coisa de emo. Aliás, até me pergunto como andam os emos, vestidos todos de preto nesse calorzão bão de Deus. Bah, isso é problema deles, não meu. O meu problema é raciocinar nesse mormaço infeliz.
Inda bem que já já chove. Se tem uma coisa que eu tenho certeza sobre o tempo paulistano é: quando o céu está bonito, logo logo vai chover.
Eu sei, nada aqui faz sentido. Nem a cidade, nem os moradores. :D
Aproveitem a festa do Ano Novo, macacada. A gente se vê só no ano que vem, agora. :D
Adeus, Ano Velho! o/
Ouvindo:
Under Pressure
Queen & David Bowie
Hot Space (1982)
Certo!
Eu tinha algumas idéias boas. Só que duas delas já venceram, porque eram sobre o Natal e o Natal já se foi faz 4 dias - isso é muito tempo. E as outras eram ótimas candidatas para a postagem de hoje, mas eu acordei com outro problema na cabeça. Um problema grandão. É o problema que dá título ao post de hoje, o último do ano.
CALOR LAZARENTO
Quando o Tempo É Bom Demais
Viver em São Paulo é o máximo, claro que é. Vocês sabem que eu adoro essa cidade (e se você não sabe, deveria ler este post), que acho ela fantástica, maravilhosa, sensacional, um luxo.
O caso da cidade paulistana, entretanto, é que o "máximo" da primeira frase é levado a sério, e em diversas situações diferentes. O máximo de grandeza, de gente, de bagunça, de sujeira... Tudo aqui é no superlativo.
E esse "máximo" não falha quando falamos do clima. Vejam vocês, por exemplo, o Verão. Uma estação agradável, com muito sol, sorvete e roupas de banho. Mas a agradável Paulicéia surpreende sempre os moradores, e liga o termostato ao máximo, cabra! Quando você menos percebe, está um calor de 33º nas ruas, pessoas morrendo carbonificadas nas ruas, gente em pânico.
E quando chega o Infer... perdão, o Inverno, aqui também é o máximo da friaca. Tudo fica ainda ainda mais cinzento e mórbido na cidade que já é bastante conhecida por ser cinzenta e mórbida. O vento vem terrivelmente gelado e cortante, e nenhum lugar parece ser quente o suficiente pra compensar. Nem ônibus lotado de sexta-feira às 18h00 dá cabo do frio.
Isso pra não falar de quando chove. Esse nem precisa de explicação direito, precisa? Dois minutos de chuva são suficientes pra acabar com o trânsito tão pacífico, mas quem disse que só chovem 2 minutos em São Paulo? Ficamos três semanas sem nem olhar uma nuvem de chuva, e quando a chuva vem, mata quem estiver na rua afogado. As favelas vêm abaixo (de novo), todo mundo redescobre os guarda-chuvas a cinco reais. :P
O negócio da cidade é que a metrópole está em cima da famigerada Linha de Capricórnio. Manja, aquela linha que separa o que é Zona Tropical de Zona Temperada? Onde o sol bate em cima quando é verão, e onde ele passa looonge quando é inverno? Essa mesma. Então, a cidade paulistana está em cima dela (teoricamente falando, a linha passa acima da mancha urbana por alguns quilômetros, mas isso não faz a menor diferença em termos de clima, faz?), e a gente nunca sabe se a cidade está em Zona Tropical ou Zona Temperada. E a gente fica com o pior dos dois casos! Quando faz frio aqui, esfria tanto quando as nobres cidades do Sul brasileiro, e quando esquenta, é um calor lazarento dos infernos, porque a poluição ajuda a aumentar a temperatura no verão.
Haverá os que dirão para mim (porque sempre há) que aqui nem é tão quente assim, que no Nordeste ou no Centro-Oeste as temperaturas são ainda mais desagradáveis e destruidoras - o Norte não vale, a Amazônia alivia pro lado deles - do que as daqui. Ao que lhes respondo: acabamos de sair de um frio miserável no Inverno! Houve, em Julho, um dia em que chovia e ventava terrivelmente. Eu estava tentando instalar uma placa nova no computador que ora uso para atualizar meu blog, quando a temperatura baixou tão miseravelmente que eu sentei no sofá, agarrei os três edredons mais próximos e me fechei dentro deles, tremendo de frio. Quando eu dei por mim, todo mundo em casa também tinha se enfiado em algum lugar pra tentar vencer o frio, e ninguém conseguia fazer nada de útil. Um sábado gostoso de férias, e ninguém podia fazer nada, por causa do frio!
É nesta mesma sala, 6 meses depois, que entro depois de sair do meu quarto, e me deparo com todo mundo jogado em um colchão improvisado nada sala, porque ninguém aguentava ficar sentado no sofá. Eu, com a camiseta grudada de suor, minha mãe com a testa oleosa, meu irmão semi-dormindo, e todo mundo com o cérebro babaca. Eu acho que não saberia fazer uma conta de soma se me perguntassem.
Interessante, porque o calor meio que te impede de fazer as coisas. Você não consegue pensar em um calor infernal. Você olha para as coisas e tudo adquire um blur, um fosco. Você fica com preguiça de fazer qualquer coisa que envolva movimentar músculos, e isso incluir falar com clareza. Então você também tem dificuldades de ouvir o que os outros falam. E o raciocínio fica lesado, a preguiça aumenta, você fica devagar... Mais um típico dia de verão.
E aí, que muitos comemoram, e muitos reclamam. Há os que acham que é odioso viver nesse calor, derretendo, morrendo, sofrendo. Toda roupa que eles usam gruda neles, eles têm que usar litros de desodorante pra dar conta do cecê lascado, ficam com mau-humor e irritados... E há os que adoram o verão, querem usar menos roupas, pular em piscinas e praias, beber cerveja até cair, tomar sorvete...
É o melhor a se fazer, mesmo. Acordar mais cedo, partir para algum lugar legal com amigos e invadir uma sorveteria, aproveitar a praia, exibir para o mundo a sua felicidade brasileira :D
Agora, se você for um pobre lascado que nem eu, o melhor mesmo mesmo a se fazer é passar calor em casa, ligar um ventilador ao máximo e pedir piedade aos céus. Tente não desanimar e acabar com a sua vida, entrementes porque, como eu canso de falar, isso é coisa de emo. Aliás, até me pergunto como andam os emos, vestidos todos de preto nesse calorzão bão de Deus. Bah, isso é problema deles, não meu. O meu problema é raciocinar nesse mormaço infeliz.
Inda bem que já já chove. Se tem uma coisa que eu tenho certeza sobre o tempo paulistano é: quando o céu está bonito, logo logo vai chover.
Eu sei, nada aqui faz sentido. Nem a cidade, nem os moradores. :D
Aproveitem a festa do Ano Novo, macacada. A gente se vê só no ano que vem, agora. :D
Adeus, Ano Velho! o/
Ouvindo:
Under Pressure
Queen & David Bowie
Hot Space (1982)