sábado, 14 de abril de 2007

Radinho de Pilha

Olá, pessoal visitante daquê! Inominativo de volta, para o vigésimo post do ano, depois de uma atribulada semana! Eu tinha uma prova no fim dela, e decidi não usar muito a internet, para que eu pudesse estudar. Só que não deu muito certo - eu continuei usando a internet, arranjei joguinhos para jogar e não estudei. E também não postei nada aqui. Shame on you, Rafael...

Mantendo o ritmo, hoje eu vou falar um pouco mais sobre o cotidiano de um bom metropolita. Vamos embora, senão eu desanimo! Hooray!

Contos do Cotidiano
V - Radinho de Pilha

Sabe, muitos de nós, pobres mortais desprovidos de reservas financeiras abastadas (i.é, pobre), não podemos comprar tecnologicas nipônicas avançadérrimas, como o iPod - tá, eu sei, o iPod é coisa de americano nerd da Califórnia, mas eu gosto mais de fazer piada com os djapas. Seja lá como for, nós, os pobres mortais desprov... ah, os pobres, temos direito de ouvir boas músicas, acalentar as ondas cerebrais e sermos felizes. Mas na falta de um iPod, temos que nos virar com os instrumentos que Deus nos deu em sua santificada pena da raça humana. Refiro-me ao sistema de estações de rádio.
Manja o rádio de dial? Aquele ponteirinho que fica em um número e você tem que ir torcendo o sintonizador até achar uma música que você gosta? Pois é, o excelentíssimo rádio. Existem alguns até mais avançados, que mostram númerozinhos luminosos eletrônicos e tudo. Mas ele só é uma versão siliconada do rádio. Seja lá como for, é o que resta para pessoas, digamos,do meu tipo. Então, vai o Rafael sintonizar rádio. Aliás, aqui abro espaço para contar minha frustação com as rádios. Houve uma época, quando os preços eram acessíveis, os políticos eram honestos e as crianças respeitavam os mais velhos (fiz uma alusão ao vídeo Wear Sunscreen, caso não tenha notado), em que Rafael gostava de ouvir rádio. Eu ouvia a estação... bah, não vou dizer o nome da estação, e tocava lá boas músicas. Eu sabia um pouco sobre o que as pessoas ouviam nas rádios paulistanas, um luxo. Eventualmente, entretanto, a rádio enveadou. Passou a tocar... bah, não vou dizer as bandas emos que fazer sucesso hoje em dia. E quando não era emo era aqueles raps de gângsters americanos. Vou deixar claro - eu gosto de rap e hip-hop, acho um estilo musical dançante e fascinante. Mas eu não gosto da alusão ao crime e às drogas e à sexualidade barata. Eu ainda sou conservador neste aspecto, okay?
Então, pulhas, a rádio ficou imprestável. E eu deixei de ouvir rádio, mais ou menos no mesmo tempo em que fui presenteado com uma conexão à internet com banda larga, e pude ouvir música pela internet. De maneira totalmente legal, é óbvio.
O problema de uma pessoa que ouve música no computador é que ela não pode passar o dia inteiro no PC. Eventualmente ela precisa ir para outros cantos da cidade. E, no meu caso, ia eu para a escola - que depois foi substituída pelo cursinho - pegando as peruas, que são substitutas mais porcas, menores e consideravelmente mais velozes do que os ônibus. Peruas em si não são ruins. O problema é que elas têm rádios embutidos. E como elas são menores, a p***a da música é ouvida na perua inteira! Então eu entrava nas peruas e estava sintonizado na odiosa e abominável estação que eu odeio - na verdade, existem muitas estações para as quais eu nutro ódio. Então eu ia odiando a viagem, odiando o motorista, odiando ser pobre, odiando tudo. Credo, que mal-humor.
Mas o pior não era isso!! Não!! Eu achava que nada poderia ser pior quando eu entrava nessas peruas. Até o dia em que eu entrei (tão ingênuo o menino...) e vi que a rádio estava sintonizada em uma estação evangélica!!! AAAARGH!! O cara do rádio gritando coisas ininteligíveis a plenos pulmões e, pior, o cobrador dizendo "Amém, Senhor"!! Eu olhei para a cara do cobrador, para o motorista e desci da perua. =)
Desde lá, eu tentei pleitear com a minha mãe um CD-Player, um MP3-Player, sei lá, qualquer droga que não me obrigasse a ouvir aquilo. A minha mãe me jurou, uma tarde de Novembro, que queria me dar um iPod, mas ela descobriu que os iPods costumam ter quase 4 dígitos no preço, então ela desistiu. Então eu tive que me virar com aqueles radinhos de R$10, que só pegam FM e se você colocar na posição errada ele não funciona. Eu tive dois, e os dois funcionaram, somados, por 3 meses. Grande coisa... Continuei à mercê dos maléficos cobradores de ônibus.
Finalmente, consegui um tocador de CD! Aê!! Eu arranjava cds para ouvir no caminho, nem me importava com o que o chatão do motorista tinha colocado, e ia cantando Jamiroquai como se fosse música de natal. Aê! Até que a pilha recarregável parou de funcionar, e comprar uma nova é muito caro. Então, o que sobrou? Um walkman de 1987 que achei jogado aqui em casa. Comprei pilhas novas e, hoje em dia (me sinto Joseph Klimber), passo o dia ouvindo Alpha FM. Apesar de ser uma estação de tiozão, que só toca músicas de tiozão, eu lembro da minha infância, e da minha mãe ouvindo as músicas na Alpha FM, e das músicas que me ensinaram a engatinhar no Inglês... É a única rádio que eu não tenho medo de pegar uma banda cantando emo, ou gangsta rap, ou pagode, ou forró ou, pior ainda, um "aleluia, irmão!!". Quer dizer, a não ser quando eu chego no Campo Limpo, lugar esquecido pela metrópole paulistana, e o bairro onde moro. Aqui as rádios clandestinas começam a funcionar a plenos decibéis. E, quando eu menos espero, gritam um Aleluia entre uma música do Kool and the Gang. É o azar de se viver na periferia. =)

Ouvindo:
Too Hot
Kool and the Gang
Ladies' Night (1979)

5 comentários:

Anônimo disse...

Amei!
E to com preguiça de escrever mais que isso.

Beijinho tosco!

Anônimo disse...

Eh
eu tbm nao tenho i-pod, mp3, nada do genero. Mas nao posso reclamar. Nas minhas viagens de onibus toca musica classica. É relaxante até. Só é estranho quando vc está realmente atrasada, e continua tocando a musica mó sossegada. Nao combina muito com a situaçao. Fora isso, é bem agradável.
Mas de qualquer maneira, me solidarizo com vc. Minha vizinha tem um gosto musical, digamos, refinadíssimo. E acho que ela é um tanto surda.
Coisas do cotidiano, han?
hehehe

Beeeijos

Anônimo disse...

Rafa \õ/
puxa faz um tempinho que não comento aki ne? ^^

bom matando a saudade \o\
mais um texto otimo :D~

Eu não tenho iPod =(
tambem esse povo inventa tanta moda, antes o discman era mania agora esse iPod
Mondo tosco (y)
hsuhsuahsuahsa

Beijo ;*

Anônimo disse...

hauhauhauah
entendu mto bem esa parte de no meio da música aparece um aleluia irmao..
hauhaua
e vc perde a sintonia com a estaçao bem no meio da musica!!!
kkk

bjukiss

Anônimo disse...

Huahua... fala sério...
Essa semana, na lotação, o motorista troca skank (ñ q eu goste taaaanto assim, mas enfim...) pra colocar exaltasamba... =S lamentável!
Cheguei em casa de mau humor, claro... hehe
=*