Bom-dia, pessoal!! Mais um ensolarado domingo de sol e de alegria pra nós, não? Pois é, nada como um feriado com muito sol e uma temperatura amena para que ninguém faça nenhuma obrigação que tinha prevista. Eu, por exemplo, furei três obrigações minhas. Viva a procrastinação!
Mas tem uma coisa que eu não posso esquecer-me. Nããão senhor, eu não posso procrastinar a atualização do meu blog. Quer dizer - na verdade, eu posso. Mas uma hora eu tenho que atualizar aqui, né? Senão ninguém visita.
Agora vejam vocês - eu tive uma simpática idéia para atualizar meu blog. Mas foquei tão fortemente neste treco de procrastinação que esqueci do que iria falar. E não adianta, não vou conseguir puxar de novo. Então vamos improvisar. Tive uma idéia.
DISCROMATOPSIA
Explicação (Não Tão) Prática sobre Problemas com Cores
Uma vez, quando eu era jovem, eu tinha um blog. Não este, evidentemente, porque este é relativamente novo. Era O Mal do Século, blog que eu já mencionei aqui às toneladas. Em uma das minhas primeiras postagens lá - na verdade, a segunda postagem - falei, de uma maneira realmente torta, da minha visão pessoal sobre o Daltonismo. Manja, aquela doença que dá que as pessoas confundem cores? Então. Era um texto engraçadinho, aquele.
Daí, a minha teoria caiu por terra quando, vejam vocês, eu fui atrás deste, ahn, sintoma. Ou deficiência, sei lá. Seja lá como for, eu fui atrás pra descobrir como funciona. E como isso faz parte da zona de culturas inúteis para a grande parte da população mundial, eu achei digno de colocar isso aqui. Até porque eu preciso postar algo no Inominativo, não é mesmo?
Vamos lá - quando você enxerga, seu olho percebe as luzes que entram nele. E a luz, vocês sabem deeeesde que são pitoquinhos, é branca porque tem um monte de cores dentro dela. Manja a história da luz do Sol se dividindo no arco-íris? VLAVAAV, diria Beakman. É assim mesmo. Daí que o nosso olho consegue perceber três grandes faixas de cores de luz: o azul, o vermelho, o verde. Todas as cores que você capta é, na verdade, uma mistura dos três tons, em maior ou menor grau. Se você já mexeu um pouco com um editor de imagens, como o Paint, ou com HTML, sabe do que eu estou falando. O amarelo, por exemplo, é uma mistura da luz vermelha e da luz verde. Simples, né? Tão simples que a tecnologia de televisores e de monitores baseada em tubos de raios ionizados é, na verdade, baseada nesta nossa propriedade. Cada quadradinho da TV ou do monitor tem 3 células. E elas brilham conforme a cor deve ser mostrada.
O seu olho enxerga, então, somente três cores. Mas as cores são vistas simultaneamente, de modo que as cores se misturam e você percebe as multiquaquilhares de cores que existem por aí. Agora, pergunto: o que acontece quando uma das células não funciona, e uma das cores não é notada? É exatamente aqui que entra o problema de um discromatóptico - ou daltônico. Ele tem um erro na formação dos cones (o nome das células que enxergam o vermelho ou o verde ou o azul), e um dos tipos de cones não funciona - ou, pior ainda, dois ou três. E aí, a pateta não faz a função dela de enxergar a sua luz respectiva. E quando uma cor qualquer chega no olho de um daltônico, ele não percebe um dos pedaços da cor, e se confunde com outra cor!
Vamos pegar como exemplo um tipo comum de daltônico - o cara que não trabalha bem com o cone verde. No exemplo do amarelo que dei lá em cima, por exemplo, o cara poderia confundir o amarelo com um tom mais alaranjado, por que ele não reconhece o verde, entende? E aí, então, eles podem confundir algumas cores.
É essa a verdade por trás de um daltônico, amigos. A deficiência de enxergar uma das cores faz com que outras quilhões de cores deixem de ser vistas, e o verde escuro pode ser facilmente confundido com o marrom, entende? O amarelo e o verde também podem ser misturados. Se você tiver um monitor mais novo, pode configurá-lo para que ele mostre somente duas das três cores principais. Você pode, por exemplo, desativar o verde, pra saber do que estou falando. O que era verde fica com um tom meio amarronzado.
Agora, por que estou falando tudo isso? Bom, porque um oftalmologista, nesta terça-feira, corroborou o que eu desconfiava há algum tempo - eu sou daltônico! Aê! Tenho problema para distinguir uma gama de cores simpáticas! Não é amável? Mas eu vou tranqüilizar os senhores: eu não vou morrer, nem vou ficar inválido em casa jogando video-game o resto da vida. Eu tenho uma deficiência levíssima. Tão leve que eu sei distinguir a maioria das cores importantes. Mas algumas coisas mais sutis eu não consigo fazer. Cool, huh?
A título de informação:
Monocromacia - é quando o ser não enxerga cor nenhuma. Tudo pra ele é uma grande imagem em P&B. Ele só enxerga o preto, o branco e os diversos tons intermediários. Cor? O que é cor?
Dicromacia - é o cara que não enxerga uma das três cores. Ele tem o problema que eu expliquei em cima, e o verde ou o vermelho ou o azul simplesmente não existem pra ele. Coitado.
Tricomacia anômala - é o infeliz que nem eu, que tem as três cores funcionando, mas uma delas não funciona bem, e não pega todos os tons. O meu caso é de deuteranomalia: eu tenho um ligeiro problema com as células verdes, e os tons verdes ficam muito próximos dos tons vermelhos. E eu posso confundir um carro verde e achar que é marrom, se estiver muito escuro e ele passar muito rápido, e o verde for muito escuro, entende? Mas para todas as outras coisas, eu acho que consigo viver feliz. Jogar video-game, pagar minhas contas, comer pudins de coco, dar "Pedala, Robinho!". Tudo normalmente. =D
Tudo isso para contar para vocês que eu sou anômalo. Já não bastasse o fato de eu ser canhoto, de eu ser míope, de eu ser pobre, de eu ser brasileiro, eu também decidi ser daltônico. Aliás, será que eu posso aproveitar a minha situação deficiente e pedir cotas para daltônicos nas faculdades e nas empresas? Já que todo mundo pode abusar do Governo patet... eeeerm, bonzinho que temos, eu também quero!
Tudo explicado, post escrito, dispeço-me aqui de vocês. Mas, ah, não antes de lembrar que hoje a Karlinha, milhares de vezes mencionada aqui neste blog, grande amiga minha de longa data e assídua freqüentadora, está em seu aniversário!! Aê!! Feliz aniversário, Ka! Que a gente comemore seu aniversário aqui no meu blog por anos e anos e anos e anos...!! Dou-lhe dois beijões!!
Agora, sim, boa tarde pra vocês, crianças! Até a próxima. ^^
Ouvindo:
I Am Somebody
Santana feat. will.i.am
All that I Am (2005)
Mas tem uma coisa que eu não posso esquecer-me. Nããão senhor, eu não posso procrastinar a atualização do meu blog. Quer dizer - na verdade, eu posso. Mas uma hora eu tenho que atualizar aqui, né? Senão ninguém visita.
Agora vejam vocês - eu tive uma simpática idéia para atualizar meu blog. Mas foquei tão fortemente neste treco de procrastinação que esqueci do que iria falar. E não adianta, não vou conseguir puxar de novo. Então vamos improvisar. Tive uma idéia.
DISCROMATOPSIA
Explicação (Não Tão) Prática sobre Problemas com Cores
Uma vez, quando eu era jovem, eu tinha um blog. Não este, evidentemente, porque este é relativamente novo. Era O Mal do Século, blog que eu já mencionei aqui às toneladas. Em uma das minhas primeiras postagens lá - na verdade, a segunda postagem - falei, de uma maneira realmente torta, da minha visão pessoal sobre o Daltonismo. Manja, aquela doença que dá que as pessoas confundem cores? Então. Era um texto engraçadinho, aquele.
Daí, a minha teoria caiu por terra quando, vejam vocês, eu fui atrás deste, ahn, sintoma. Ou deficiência, sei lá. Seja lá como for, eu fui atrás pra descobrir como funciona. E como isso faz parte da zona de culturas inúteis para a grande parte da população mundial, eu achei digno de colocar isso aqui. Até porque eu preciso postar algo no Inominativo, não é mesmo?
Vamos lá - quando você enxerga, seu olho percebe as luzes que entram nele. E a luz, vocês sabem deeeesde que são pitoquinhos, é branca porque tem um monte de cores dentro dela. Manja a história da luz do Sol se dividindo no arco-íris? VLAVAAV, diria Beakman. É assim mesmo. Daí que o nosso olho consegue perceber três grandes faixas de cores de luz: o azul, o vermelho, o verde. Todas as cores que você capta é, na verdade, uma mistura dos três tons, em maior ou menor grau. Se você já mexeu um pouco com um editor de imagens, como o Paint, ou com HTML, sabe do que eu estou falando. O amarelo, por exemplo, é uma mistura da luz vermelha e da luz verde. Simples, né? Tão simples que a tecnologia de televisores e de monitores baseada em tubos de raios ionizados é, na verdade, baseada nesta nossa propriedade. Cada quadradinho da TV ou do monitor tem 3 células. E elas brilham conforme a cor deve ser mostrada.
O seu olho enxerga, então, somente três cores. Mas as cores são vistas simultaneamente, de modo que as cores se misturam e você percebe as multiquaquilhares de cores que existem por aí. Agora, pergunto: o que acontece quando uma das células não funciona, e uma das cores não é notada? É exatamente aqui que entra o problema de um discromatóptico - ou daltônico. Ele tem um erro na formação dos cones (o nome das células que enxergam o vermelho ou o verde ou o azul), e um dos tipos de cones não funciona - ou, pior ainda, dois ou três. E aí, a pateta não faz a função dela de enxergar a sua luz respectiva. E quando uma cor qualquer chega no olho de um daltônico, ele não percebe um dos pedaços da cor, e se confunde com outra cor!
Vamos pegar como exemplo um tipo comum de daltônico - o cara que não trabalha bem com o cone verde. No exemplo do amarelo que dei lá em cima, por exemplo, o cara poderia confundir o amarelo com um tom mais alaranjado, por que ele não reconhece o verde, entende? E aí, então, eles podem confundir algumas cores.
É essa a verdade por trás de um daltônico, amigos. A deficiência de enxergar uma das cores faz com que outras quilhões de cores deixem de ser vistas, e o verde escuro pode ser facilmente confundido com o marrom, entende? O amarelo e o verde também podem ser misturados. Se você tiver um monitor mais novo, pode configurá-lo para que ele mostre somente duas das três cores principais. Você pode, por exemplo, desativar o verde, pra saber do que estou falando. O que era verde fica com um tom meio amarronzado.
Agora, por que estou falando tudo isso? Bom, porque um oftalmologista, nesta terça-feira, corroborou o que eu desconfiava há algum tempo - eu sou daltônico! Aê! Tenho problema para distinguir uma gama de cores simpáticas! Não é amável? Mas eu vou tranqüilizar os senhores: eu não vou morrer, nem vou ficar inválido em casa jogando video-game o resto da vida. Eu tenho uma deficiência levíssima. Tão leve que eu sei distinguir a maioria das cores importantes. Mas algumas coisas mais sutis eu não consigo fazer. Cool, huh?
A título de informação:
Monocromacia - é quando o ser não enxerga cor nenhuma. Tudo pra ele é uma grande imagem em P&B. Ele só enxerga o preto, o branco e os diversos tons intermediários. Cor? O que é cor?
Dicromacia - é o cara que não enxerga uma das três cores. Ele tem o problema que eu expliquei em cima, e o verde ou o vermelho ou o azul simplesmente não existem pra ele. Coitado.
Tricomacia anômala - é o infeliz que nem eu, que tem as três cores funcionando, mas uma delas não funciona bem, e não pega todos os tons. O meu caso é de deuteranomalia: eu tenho um ligeiro problema com as células verdes, e os tons verdes ficam muito próximos dos tons vermelhos. E eu posso confundir um carro verde e achar que é marrom, se estiver muito escuro e ele passar muito rápido, e o verde for muito escuro, entende? Mas para todas as outras coisas, eu acho que consigo viver feliz. Jogar video-game, pagar minhas contas, comer pudins de coco, dar "Pedala, Robinho!". Tudo normalmente. =D
Tudo isso para contar para vocês que eu sou anômalo. Já não bastasse o fato de eu ser canhoto, de eu ser míope, de eu ser pobre, de eu ser brasileiro, eu também decidi ser daltônico. Aliás, será que eu posso aproveitar a minha situação deficiente e pedir cotas para daltônicos nas faculdades e nas empresas? Já que todo mundo pode abusar do Governo patet... eeeerm, bonzinho que temos, eu também quero!
Tudo explicado, post escrito, dispeço-me aqui de vocês. Mas, ah, não antes de lembrar que hoje a Karlinha, milhares de vezes mencionada aqui neste blog, grande amiga minha de longa data e assídua freqüentadora, está em seu aniversário!! Aê!! Feliz aniversário, Ka! Que a gente comemore seu aniversário aqui no meu blog por anos e anos e anos e anos...!! Dou-lhe dois beijões!!
Agora, sim, boa tarde pra vocês, crianças! Até a próxima. ^^
Ouvindo:
I Am Somebody
Santana feat. will.i.am
All that I Am (2005)
4 comentários:
Yeeeeey!
Hoje eu tenho quatro tópicos pra enfiar nesse comentário
-> Eu entrei e pensei "Droga, ele não lembrou do meu aniversário" e aí eu vi no finzinho do post e também no scrap que ocê me deixou ( que eu fico doida pra apagar, pq eu adoro briga, mas eu amei então eu vou deixá-lo por lá mesmo), fafazin, tu é fofo!
-> Não se esqueça: além de canhoto, míope, pobre, brasileiro e daltônico, você é alérgico e tem rinite!
->Não sei porquê, mas eu confundi oftalmologista com dentista, num surto de loirice ><
-> Eu esqueci o que eu ia por aqui, então fica pra depois!
Muah tosco pro sinhô!
=*
Agora eu lembrei o último item:
Já que você é deuteranômalo (nem sei se é assim que se escreve), você precisa de um óculos vermelho
-Oh, Karlinha, mas pra quê óculos vermelho se eu não enxergo direito é o verde?
Ora, pra VERMELHOr!
:(
[Piada velha mode off]
Nããããão!!!!!!!!!!!!
O Rafa é anormalllllllllll!!!!!
Ow, use isto para conseguir pegar busão de graça, hehehehe.
Parabéns para a Karlinha!
E pobre do Rafa... Onde já sei viu? Menino tão alegre, inteligente e... daltônico! É o fim dos tempos!
Parada Cultural na Unicamp amanhã, topa? =p
bj!
AAh, eu já falei pra vc que eu queria ser daltônica. Sou tão absolutamente comum que chega a ser frustante.
Anyway, bom texto. Eu tava curiosa pra saber como funcionava esse negócio, mas não tava com mta paciência de ir atras huhuhuhu
Beijo da sua priminha!
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