Ahoy, mates! Mais uma vez estamos nós aqui, na tentativa de manter o sonho vivo! Não deixemos este blog morrer! \o/
Sim, eu sei, passei um tempo sem escrever nada de novo acá. E eu estou chateado, claro que estou. Durante os oito dias que separam este post do post passado, tive algumas boas idéias que poderiam evoluir para bons posts. Mas na infeliz correria a que estava vitimado - provas atrás de provas - não pude me dar ao luxo de sentar-me de frente a um computador por mais de meia hora. Ainda se eu pudesse dizer "eu sacrifiquei meus dias, mas fui bem nas provas", eu não estaria reclamando. Mas eu estudei pra caramba e acho que fui mal. Azar, amargo azar.
Bah, eu me preocupo com isso quando a hora chegar. Por enquanto, eu estou a fim de escrever para o Inominativo! Hohohoho!
Muito bem. Estou a fim de falar sobre um assunto qualquer, só para postar aqui, mesmo, já que as boas idéias que tive no passado, as quais já comentei, acabaram sendo esquecidas. Então lembrei-me que, em um longínquo tempo, quando da rendição alemã na II Guerra Mundial, eu queria fazer um post sobre o mundo das picuinhas homens-mulheres. Já que eu não tenho nenhuma idéia melhor, vejamos o que eu posso fazer da vida. Mãos à obra!
Piada Feminista, Piada Machista
Eu deduzo, baseado em algumas observações feitas por aí, que homens e mulheres gostam de fazer picuinhas entre si desde que homens são homens e mulheres são mulheres. Como os biólogos de plantão podem me lembrar, entretanto, o gênero masculino e o gênero feminino existem muito antes dos macacos descerem das árvores e ficarem pelados. Portanto, podemos imaginar que antes, beeem antes de nos acharmos uma espécie inteligente, já havia essas divertidas rixas entre homens e mulheres, entre meninos e meninas, entre manos e minas. Talvez os primeiros seres vivos que aprenderam a se reproduzir na base da sacanagem passaram a se distinguir entre macho e fêmea, e já tinha essa divertida diversão de sacanear uns aos outros.
Eventualmente, passamos aos animaizinhos, que faziam sacanagem para se reproduzir e para se divertir também. Posso imaginar aqui, agora, dinossauros do tamanho de edifícios jogando truco em uma mesa - tiranossauros não jogavam baralho, eles não conseguiam segurar as cartas alto o suficiente para vê-las - e fazendo piadinhas sobre as dinossauras e comentando sobre a sexualidade da estegossaura que eles recém-conheceram. E as piadas, não esqueçam as piadas.
Depois vieram as girafas pescoçudas, os elefantinhos, as ratazanas, e até as joaninhas! Joaninhas machos não fazem piadas machistas, entretanto, porque as joaninhas fêmeas sempre lembram às joaninhas machos que eles são freqüentemente chamados de joaninhas, um nome feminino. E deve ter um bom motivo pra isso.
Chegamos então ao ápice da biologia sobreviventista - o homo sapiens sapiens. O macaco pelado de última versão, com tração nas quatro rodas, freios ABS, direção eletrônica e localizador GPS. Yep, o suprassumo da tecnologia biológica. All heil mankind!
Os seres humanos vieram também com um cérebro desenvolvido de fábrica. Eles, agora, eram tão inteligente que, entre outras coisas, sabiam construir banheiros, ligar geladeiras na tomada e realizar complexas equações matemáticas como: "R$1.000,00 com um desconto de 20% mais juros corridos de 3% mensais resulta em 12 parcelas de R$67,00 no cartão ou no cheque, pra só pagar depois do Carnaval!". Mas não é só isso que ganhamos. Viemos também com capacidade suficiente para saber ler, escrever e contar piadas. Ah, que ótimo, chegamos ao apogeu da história.
Conta-se que Heptarco de Siracleusa, um grego que viveu no século XXIII antes de Cristo, o Mano Chapa Quente, fez despretensiosamente, em uma tarde de novembro, uma piadinha com sua mulher, Queráclia. A piadinha, que pode ser qualquer piadinha machista simples, era uma terrível novidade para o mundo ocidental, que ainda nem existia naquela época. A sociedade chocada, o mundo estarrecido. Oh!, diziam os gerontes, velhotes mal-acabados que cuidavam das pólis gregas. Daí vocês podem imaginar como funcionou a piada machista, a primeira piada do gênero do lado de cá do planeta - a metade da sociedade grega achou muito engraçada e genial, e que eles usariam esta piada quando chegassem em casa e vissem suas mulheres. E a outra metade ficou indignada, fez um senhor barulho e combinaram uma greve de sexo tremenda. Conta-se, ainda, que Siracleusa veio a sucumbir vinte e cinco anos depois, por falta de nascidos para repovoar a cidade. Um terror.
Desde então, descobrimos que os homens e as mulheres têm, afinal, cérebro suficiente para entender as piadinhas e, pior ainda, levá-las a sério. Desde então, descobrimos que não importa a genialidade e a inovação das piadinhas, sempre faremos somente metade da sociedade dar risada.
Piadas feministas meio que não existiam aos montes em tempos remotos. É possível que as damas fêmeas dos séculos ultrapassados até contassem piadas sobre o marido ogro com o pinto pequeno, sobre o chifre que aplicaram nele, sobre como ela achava ele bunda-mole e que não merecia o cargo de Centurião do Império Romano... ah, mulheres fofocavam horrores, desde há muito tempo. Acontece que não sabemos muito sobre piadinhas femininas porque as mulheres meio que não estavam no centro do mundo criador de culturas antes, não é mesmo?
Eventualmente, as demoiselles galgaram à condição de igualdade - ou, pelo menos, no papel. Revolução para elas, e agora elas também são importantes no cenário mundial. Não que elas nunca fossem, pelo contrário. Mas é que agora elas estão sendo creditadas por isso. E com esta paridade social, as mulheres também parearam na importância de piadas. Aliás, elas até fazem ótimas piadas, é claro. Não fosse o fato de metade da humanidade não ver graça nenhuma nisso.
Piadas feministas costumam ter o quê de refino e de graça, típico do gênero feminino. Sabe, o tipo de piada que ofende, mas sem xingar? Sem nem precisar falar mal da mãe. Então.
Piadas machistas, ao contrário, devem ser conhecidas há tempos. Sobre como as mulheres não deviam sair do tanque e do fogão, sobre como elas não sabem conduzir as bigas romanas, e outras piadinhas genéricas que vocês possam pensar. Como os homens nunca passaram por problemas de igualdade social, eles não precisavam se preocupar em realizar revolução masculina, de modo que passavam o tempo livre sacaneando as moças. Isto, é claro, enquanto eles não estavam em guerras para mostrar quem era o mais macho do bando. Um brinde à testosterona!
Na nossa Era Moderna, nasceram algumas piadinhas novas, adaptações das antigas piadinhas, criadas pelo mesmo Heptarco de Siracleusa em seu "Ciclíades do Sexo Oposto". Algumas valem boas risadas de quem for pego distraído, mas a maior parte é, assim como piadas feministas, divertidas somente pra uma das metades da população. E, assim como os exemplares masculinos, piadas machistas costumam ser fedidas, grosseiras e, bem, machistas. Mas também não vale falar da mãe.
O interessante é notar, de fato, que piadas do tipo costumam ser boas, bem como todas as piadas que se prezem. O grande graaaande problema das piadas do gênero é, como eu já cansei de dizer, só agrada a metade do povo. A outra metade faz cara de bunda, acha sem-graça, fica cheio de vontade de dar resposta cortada... Enfim, não sabem lidar com uma piadinha inofensiva, os coitados.
A gente tem que reconhecer, todavia: não fosse o fato que uma piada do tipo pode te ofender, há algumas delas que são boas e valem uma risada. Outras, de fato, não merecem nem o esforço de se ouvir, mas, bem, são todas piadas, né? Você só vai saber se é boa ou não quando ela terminar... ^^
Enfim, piadinhas feministas e machistas são só mais um capítulo para o interminável texto das relações entre homens e mulheres. Típica relação em que os dois lados se amam e se odeiam. Se destacam e se complementam. Tipo o Batman e o Coringa. Tipo o Peter Parker e o Venom. Tipo um palmeirense e um corinthiano. Como diz o ditado "Ruim com, pior ainda sem". É.
Mas eu continuo fazendo piadinhas. :P
Ouvindo:
Broken Toy
Keane
Under the Iron Sea (2006)
Sim, eu sei, passei um tempo sem escrever nada de novo acá. E eu estou chateado, claro que estou. Durante os oito dias que separam este post do post passado, tive algumas boas idéias que poderiam evoluir para bons posts. Mas na infeliz correria a que estava vitimado - provas atrás de provas - não pude me dar ao luxo de sentar-me de frente a um computador por mais de meia hora. Ainda se eu pudesse dizer "eu sacrifiquei meus dias, mas fui bem nas provas", eu não estaria reclamando. Mas eu estudei pra caramba e acho que fui mal. Azar, amargo azar.
Bah, eu me preocupo com isso quando a hora chegar. Por enquanto, eu estou a fim de escrever para o Inominativo! Hohohoho!
Muito bem. Estou a fim de falar sobre um assunto qualquer, só para postar aqui, mesmo, já que as boas idéias que tive no passado, as quais já comentei, acabaram sendo esquecidas. Então lembrei-me que, em um longínquo tempo, quando da rendição alemã na II Guerra Mundial, eu queria fazer um post sobre o mundo das picuinhas homens-mulheres. Já que eu não tenho nenhuma idéia melhor, vejamos o que eu posso fazer da vida. Mãos à obra!
Piada Feminista, Piada Machista
Eu deduzo, baseado em algumas observações feitas por aí, que homens e mulheres gostam de fazer picuinhas entre si desde que homens são homens e mulheres são mulheres. Como os biólogos de plantão podem me lembrar, entretanto, o gênero masculino e o gênero feminino existem muito antes dos macacos descerem das árvores e ficarem pelados. Portanto, podemos imaginar que antes, beeem antes de nos acharmos uma espécie inteligente, já havia essas divertidas rixas entre homens e mulheres, entre meninos e meninas, entre manos e minas. Talvez os primeiros seres vivos que aprenderam a se reproduzir na base da sacanagem passaram a se distinguir entre macho e fêmea, e já tinha essa divertida diversão de sacanear uns aos outros.
Eventualmente, passamos aos animaizinhos, que faziam sacanagem para se reproduzir e para se divertir também. Posso imaginar aqui, agora, dinossauros do tamanho de edifícios jogando truco em uma mesa - tiranossauros não jogavam baralho, eles não conseguiam segurar as cartas alto o suficiente para vê-las - e fazendo piadinhas sobre as dinossauras e comentando sobre a sexualidade da estegossaura que eles recém-conheceram. E as piadas, não esqueçam as piadas.
Depois vieram as girafas pescoçudas, os elefantinhos, as ratazanas, e até as joaninhas! Joaninhas machos não fazem piadas machistas, entretanto, porque as joaninhas fêmeas sempre lembram às joaninhas machos que eles são freqüentemente chamados de joaninhas, um nome feminino. E deve ter um bom motivo pra isso.
Chegamos então ao ápice da biologia sobreviventista - o homo sapiens sapiens. O macaco pelado de última versão, com tração nas quatro rodas, freios ABS, direção eletrônica e localizador GPS. Yep, o suprassumo da tecnologia biológica. All heil mankind!
Os seres humanos vieram também com um cérebro desenvolvido de fábrica. Eles, agora, eram tão inteligente que, entre outras coisas, sabiam construir banheiros, ligar geladeiras na tomada e realizar complexas equações matemáticas como: "R$1.000,00 com um desconto de 20% mais juros corridos de 3% mensais resulta em 12 parcelas de R$67,00 no cartão ou no cheque, pra só pagar depois do Carnaval!". Mas não é só isso que ganhamos. Viemos também com capacidade suficiente para saber ler, escrever e contar piadas. Ah, que ótimo, chegamos ao apogeu da história.
Conta-se que Heptarco de Siracleusa, um grego que viveu no século XXIII antes de Cristo, o Mano Chapa Quente, fez despretensiosamente, em uma tarde de novembro, uma piadinha com sua mulher, Queráclia. A piadinha, que pode ser qualquer piadinha machista simples, era uma terrível novidade para o mundo ocidental, que ainda nem existia naquela época. A sociedade chocada, o mundo estarrecido. Oh!, diziam os gerontes, velhotes mal-acabados que cuidavam das pólis gregas. Daí vocês podem imaginar como funcionou a piada machista, a primeira piada do gênero do lado de cá do planeta - a metade da sociedade grega achou muito engraçada e genial, e que eles usariam esta piada quando chegassem em casa e vissem suas mulheres. E a outra metade ficou indignada, fez um senhor barulho e combinaram uma greve de sexo tremenda. Conta-se, ainda, que Siracleusa veio a sucumbir vinte e cinco anos depois, por falta de nascidos para repovoar a cidade. Um terror.
Desde então, descobrimos que os homens e as mulheres têm, afinal, cérebro suficiente para entender as piadinhas e, pior ainda, levá-las a sério. Desde então, descobrimos que não importa a genialidade e a inovação das piadinhas, sempre faremos somente metade da sociedade dar risada.
Piadas feministas meio que não existiam aos montes em tempos remotos. É possível que as damas fêmeas dos séculos ultrapassados até contassem piadas sobre o marido ogro com o pinto pequeno, sobre o chifre que aplicaram nele, sobre como ela achava ele bunda-mole e que não merecia o cargo de Centurião do Império Romano... ah, mulheres fofocavam horrores, desde há muito tempo. Acontece que não sabemos muito sobre piadinhas femininas porque as mulheres meio que não estavam no centro do mundo criador de culturas antes, não é mesmo?
Eventualmente, as demoiselles galgaram à condição de igualdade - ou, pelo menos, no papel. Revolução para elas, e agora elas também são importantes no cenário mundial. Não que elas nunca fossem, pelo contrário. Mas é que agora elas estão sendo creditadas por isso. E com esta paridade social, as mulheres também parearam na importância de piadas. Aliás, elas até fazem ótimas piadas, é claro. Não fosse o fato de metade da humanidade não ver graça nenhuma nisso.
Piadas feministas costumam ter o quê de refino e de graça, típico do gênero feminino. Sabe, o tipo de piada que ofende, mas sem xingar? Sem nem precisar falar mal da mãe. Então.
Piadas machistas, ao contrário, devem ser conhecidas há tempos. Sobre como as mulheres não deviam sair do tanque e do fogão, sobre como elas não sabem conduzir as bigas romanas, e outras piadinhas genéricas que vocês possam pensar. Como os homens nunca passaram por problemas de igualdade social, eles não precisavam se preocupar em realizar revolução masculina, de modo que passavam o tempo livre sacaneando as moças. Isto, é claro, enquanto eles não estavam em guerras para mostrar quem era o mais macho do bando. Um brinde à testosterona!
Na nossa Era Moderna, nasceram algumas piadinhas novas, adaptações das antigas piadinhas, criadas pelo mesmo Heptarco de Siracleusa em seu "Ciclíades do Sexo Oposto". Algumas valem boas risadas de quem for pego distraído, mas a maior parte é, assim como piadas feministas, divertidas somente pra uma das metades da população. E, assim como os exemplares masculinos, piadas machistas costumam ser fedidas, grosseiras e, bem, machistas. Mas também não vale falar da mãe.
O interessante é notar, de fato, que piadas do tipo costumam ser boas, bem como todas as piadas que se prezem. O grande graaaande problema das piadas do gênero é, como eu já cansei de dizer, só agrada a metade do povo. A outra metade faz cara de bunda, acha sem-graça, fica cheio de vontade de dar resposta cortada... Enfim, não sabem lidar com uma piadinha inofensiva, os coitados.
A gente tem que reconhecer, todavia: não fosse o fato que uma piada do tipo pode te ofender, há algumas delas que são boas e valem uma risada. Outras, de fato, não merecem nem o esforço de se ouvir, mas, bem, são todas piadas, né? Você só vai saber se é boa ou não quando ela terminar... ^^
Enfim, piadinhas feministas e machistas são só mais um capítulo para o interminável texto das relações entre homens e mulheres. Típica relação em que os dois lados se amam e se odeiam. Se destacam e se complementam. Tipo o Batman e o Coringa. Tipo o Peter Parker e o Venom. Tipo um palmeirense e um corinthiano. Como diz o ditado "Ruim com, pior ainda sem". É.
Mas eu continuo fazendo piadinhas. :P
Ouvindo:
Broken Toy
Keane
Under the Iron Sea (2006)
4 comentários:
Eiita
cade os comentarios??
hauahauh
serei primeira entao uhuuu
ah, a eterna guerra dos sexos... o mundo seria tao sem graça sem ela...
viva a diferença, eu digo!!
huhuhu
adoro-te, primo meu!
beeeijos
Anh, qdo s�o engra�adas eu rio... ou seja, qse sempre... =P
Essas coisas me lembram de guerra dos sexos, que me lembra teoria dos jogos, que me lembra microeconomia e me deixa puto.
Uma reclamação: o único post do meu blog no qual eu façi um incentivo à participação de leitores e nem você comenta??
Abraços pela frente e por trás
Estudo as relações de gênero na minha iniciação científica... e cada vez mais acredito que são dois universos construídos. Não adianta, vocês nunca nosentenderão.. e vice versars.... na prática, claro, porque nesses estudos é tudo tecnicamente calculado. ê, vida! Abraços
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