segunda-feira, 6 de agosto de 2007

A História de Nikolai Yergenevich

Buenas, galera! Mais uma vez, seu humilde autor se prepara-se para escrever outro texto! Yay!

Aliás, acho que temos um problema. Não consigo acessar meu pobre blóguio daqui de casa. Ainda bem que o site pra atualizar é outro, senão cêis tava tudo zicado, porque eu não poderia bater esse texto. =/
Mas, graviolas, eu posso bater o texto, então sem delongas! Ainda que outros de nós não consigam entrar aqui, ler o post e comentá-lo. E quero pensar que este é o único motivo que fez do meu post passado tão impopular. QUe chato. E eu gostei tanto dele...

Coadjuvantes - A Triste História dos Ofuscados
A História de Nikolai Yergenervich

Nikolai nasceu em Tbilisi, Geórgia, União Soviética, em 1967. Filho de uma família de descendentes de russos, sua família havia sido marginalizada em um dos bairros de poucas posses na capital da república georgiana (coisa muito trivial na União Soviética). Como a comida era pouca e a fome era muita, Nikolai, coitado, trabalhou desde cedo com os pais, ajudando o papai padeiro. Mas Nikolai tinha ambições. Maravilhado com a carreira militar, via aquelas apresentações militares, aquelas salvas de tiros, aquelas saudações todas... E tava decidido - Nikolai seria o General Yergenevich da União Soviética!
Como a gente sabe, entretanto, a URSS não andou muito bem das pernas depois dos anos 1970 acabarem. Crises políticas, falta de dinheiro, torcicolo, processo pendente no PROCON, unha encravada... Yergenevich se alistou na KGB soviética ao completar vinte anos, depois daquelas baterias de testes de militares e tudo o mais. Acontece que em 1987 não tinha lá muitas histórias para se contar de feliz ds Rússia. Um tal de Gorbachov subiu no poder promentendo fazer e acontecer, mas tudo o que aquele porco capitalista fez foi acabar com a URSS e vender os pedaços para os americanos malditos. Crápula! Acabou com o sonho do jovem Nikolái, que a tanto tempo sonhava em ser o braço-de-ferro da Mãe Rússia! Desolado, ajudado por amigos, Nikolái decidiu - assim como Lênin, ele seria o homem que reuniria as repúblicas soviéticas, e que as removeria deste consumismo insuportável! A Terra-Mãe nos chama!

Nikolái, agora Tenente Yergenevich, estava trabalhando para a KGB, que ainda existia, ainda que toda mutilada pelos democratas. Sem todo o glamour da Guerra Fria, naturalmente, a KGB era uma força nacional em crise, pois estava sendo desmontada, e perdendo influências. Mas ele se manteve firme! Manteve-se firme, inclusive, quando Bóris Yéltsin decretou a falência da KGB e que, na Rússia, ela seria renomeada, para FSB. Tenente Yergenevich manteve-se lá, trabalhando pela Rússia que ele amava.
Até que, em uma tarde de Abril de 1995, tudo aconteceu. Tenente Yergenevich fora indicado para proteger o Ministro da Defesa da Rússia, cujo nome não é importante. Nos importa saber que lá ele esteve. Protegendo mais um figurão bigodudo, lá. Isso era missão fichinha, naturalmente. A Guerra Fria acabou, quem iria pensar em atacar o Ministro da Defesa? Talvez os chechenos, ou os siberianos, ou terroristas iranianos, que estavam incomodando. Mas eles atacariam o Yéltsin, ou o Ministro de Interiores. Atacar o pobre Ministro de Defesa? Coitado! Não tinha nem chances. Ia ser fichinha. Certeza de que depois dessa missão, ele seria promovido a Capitão, ganharia uma sala legal, uma estrela bonitinha, condecoração do Ministro, honrarias dos familiares... Ah, a boa vida de um combatente a serviço da pátria...

O rádio toca enquanto ele patrulha os banheiros do segundo andar do prédio achatado no centro de Moscou: "Guardas! Rápido!". O Tenente corre para o primeiro andar, onde o Ministro se encontraria com um Coronel do Exército russo. Ouve pancadarias. Tiros voando. E se apressa. Ao chegar no corredor, vê Vladimir Yugonov caído no chão, morto. Seu amigo, o jovem Yugonov, tão espirituoso, tão alegre, morto. Mantendo a frieza de um soldado russo, ele continua. Mais tiros. E dessa vez, Sergei Ulianova e Mikhail Elenovich caídos também. "Mas que diabos...?"
Antes de terminar o pensamento, ouve passos nas escadas atrás. Vira-se, e dispara sua Kalashnikov a tiracolo. Tarde demais. Seu corpo é varado com três tiros de uma mesma Kalashnikov, há pouco roubada de um de seus subordinados. Tudo escurece. Nikolái cai no chão. Ele pensa em Priscilla, sua esposa, e em Yuri, seu filho, cujo nome era homenagem ao pai. E, em um último relance, ele vê o seu assassino correndo para o andar inferior, matando mais alguns capangas. O nome do assassino? Bond. James Bond.

Muito bem, Rafael, que estória mais torta é esta?
Estava eu ontem a assistir GoldenEye, o filme da saga 007, em que Pierce Brosnan estréia como o machão agente britânico. Um filmão, em minha opinião. Mas eu fiquei solidarizado com os pobres capangas que foram inocentemente assassinados em serviço, protegendo seus superiores, e que morreram sem saber que seus superiores eram corruptos. Coitados. Por que ninguém têm pena deles? Então eu tive. :P
Agora eu dei motivo pra vocês não comentarem nesse blog. Péssima idéia eu tive, né? Viajei, hohohohoho...

Ouvindo:
Corner of the Earth
Jamiroquai
High Times: Singles 1992-2006 (2006)

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu poderia como todos os outros não comentar esse post. Mas bem, farei as coisas do meu jeito hj! Rá!
(derrr)

Mas Rafa... mao adianta ter pena dos figurantes... eles nao morrem de verdade, entende... E bem, que graça teria james bond se ele nao tivesse matado ninguem? vc respeitaria um agente secreto desses? auhauhau

Brincadeirinhas a parte, nao entendo pq os ultimos posts foram impopulares. Ambos estavam muito bem escritos e interessantes.
Mistério. Nunca saberemos.
hehehe

Rafa, adoro-teee
Beijao

Unknown disse...

Anh, ñ li esse post com mta atenção aos detalhes... preguiça... hehe...