domingo, 27 de janeiro de 2008

O Complô Feminino pela Dominação Mundial

Olá de novo, gente! Bom estar de volta aqui!

É, eu sei, estou mais do que atrasado. Deve ter sido um recorde, este. Eu estou envergonhado, e peço desculpas. Mas não vou me demorar em inventar uma desculpa razoável, porque eu estou ficando cada vez pior em criar boas desculpas. Quando eu era criança, eu era sublime. Envelheci, though. Isso acontece.

Sem boiolices, vamos mais uma vez deixar a salada de lado e atacar o prato principal. Tá na mesa, pessoal!

O Complô Feminino pela Dominação Mundial

Quando a sociedade começou a se civilizar de vez, pouco depois da famosa Revolução Industrial, o mundo deu uma enveadada lascada. Quer dizer, até antes das máquinas resolverem trabalhar pelos humanos, a nossa raça sapiens sapiens vivia muito masculinamente. Os camponeses aravam terras, cuidavam de bois e porcos e galinhas, e eles ainda tinham que aprender a manejar uma arma, porque ninguém nunca sabia quando seu país seria invadido naquela época. A Europa era um continente em constante TPM, sabe?
Acontece que sempre tem um viadinho que estraga o mundo da masculinidade. Dessa vez, esse reino da testosterona e da exibição muscular foi traído por ninguém menos do que a Inglaterra, um dos países com maior concentração de homossexuais por metro quadrado (sad, but true). Os ingleses achavam que esse machismo era algo completamente irracional e animal, e eles decidiram, então, feminilizar o país deles. Inventaram as máquinas que desfiavam o algodão sozinhas, e que moíam o trigo sozinhas, e que carregavam enormes carros de trens totalmente sozinhas. E enquanto a máquina trabalhava sozinha, os nossos amigos lordes, já completamente enveadados, podiam jogar críquete, caçar raposas e discutir sobre sua mais nova luva de pelica, comprada na famosa loja de tecidos Smith & Smithsons, em Soho. Uma completa homossexualidade reprimida. É de dar pena. =/

Este post não é, entretanto, pra ofender a homossexualidade britânica. Primeiro, porque isso dá cadeia e eu não pretendo viver meus anos atrás das grades. Segundo, porque eu não tenho nada contra homos. Acho que eles são muito legais, porque um homossexual é um cara que nunca vai dar em cima da sua namorada - um amigão.
Este post falava da civilização depois da Era Industrial. Os sapiens sapiens agora são seres urbanos, que vivem em casas de alvenaria e dirigem automóveis. E, ah, eles não precisam colher nada da terra pra comer: os humanos ensinaram as máquinas a plantar, e eles compram as coisas do supermercado prontas, já feitas. A parte masculina do trabalho já estava feita. Só faltava a parte feminina, que era cozinhar e servir. É aqui que o bagulho acontece, guris. Notem os senhores, por favor, a relação que se forma nas entrelinhas da sociedade - pouco a pouco, tooooda a divisão de trabalhos estabelecida entre homens e mulheres por séculos e séculos e séculos (isto é, o homem caça e mata, a mulher prepara) estava se desequilibrando! De repente, a parte do homem masculino não era mais feita por ele mas, sim, por uma máquina! O homem não era mais necessário pra essa sociedade industrial!
Já que os homens não faziam mais a parte que lhes cabia, eles se dedicaram então em gerenciar as máquinas que faziam o que lhes cabiam. Eles iam pras fábricas e pras empresas continuar a ganhar o salário deles, como se eles fossem pra lavoura, com a notável diferença que eles não eram masculinos o suficiente em um escritório comercial em algum lugar no centro de Londres. No máximo, eles podiam ofender a mãe do outro em uma discussão de trânsito, e só. Muito deprimente, em minha opinião. E a masculinidade começa, lentamente, a se atrofiar.
A mulher, enquanto isso, continua sendo mulher. Sendo valorizada como o pilar doméstico da casa, que dá liga, que maneja as coisas, que compra a comida e que prepara ela toda noite. Em nenhum dia na história da humanidade uma mulher precisou deixar de ser mulher - claro, desconsidere as cantoras de MPB dos anos 80 - e elas puderam produzir seus hormônios lentamente, através dos século. E digo-lhes mais! A partir da Revolução Industrial, as mulheres passaram a ter direitos iguais, conseguiram eleger e serem eleitas, conseguiram reconhecimento em pesquisas científicas, conseguiram ser imperadoras e rainhas. Aliás, a mais notável imperadora da história deste glóbulo azul-aguado em que vivemos é a Rainha Vitória, líder da própria Inglaterra. Coincidência, não?

O que estou tentando fazer com que os senhores vejam, senhores, é que existe algo muito esquisito por trás dos panos, não acham? Não lhes parecem muito proveitoso que os homens sejam destituídos de todas as suas funções primordiais, enquanto as mulheres continuem sendo quem sempre foram? Não lhe é razoável imaginar que há algo de mal-cheiroso nisso?
Pois eu lhes digo! Há um complô!! Sim, senhores! Tudo isto é um grande e muito bem-arquitetado complô, uma conspiração das cabeludas, que faria os roteiristas de Hollywood morrerem de inveja, que faria os pêlos do mustache de Josif Stalin ficarem em pé, que deixaria a Ditadura Militar embasbacada. Um completo e minucioso complô, armado e arquitetado pelas mulheres, há quase quatrocentos anos, e que vem, ano a ano, dado cada vez mais certo! Qual é o plano, você me pergunta? Mas é clarividente: desmoralizar o homem a tal ponto que ele reconheça, envergonhado, que a mulher é, afinal, o ser superior do planeta.

E como eu percebi? De repente, atentei para um fato bastante peculiar, mas que dividirei com os senhores: já devem ter notado, os que são atentos, que as mulheres têm ligeiros problemas em pequenos afazeres em suas casas, afazeres estes que ainda precisam de homens. Um dos mais notáveis é o ritual de abrir alguma embalagem. Algo como o pote de palmito, que é só dar uma rosqueada que a tampa sai, ou o molho de tomate e o lacre de borrachinha. Até muito recentemente, era muito natural ver as mulheres tentarem e não conseguir, e estas pediam aos seus maridos.
Apesar de ser um fato corriqueiro, cotidiano, os homens se sentiam muito satisfeitos em serem úteis. O sorriso bobo estampado na cara, seguido de diversas piadas machistas, denotavam o fato, deixava claro que eles estavam se sentindo na crista da onda. Hipócritas. No início, essas intrépidas conspiradoras acharam que não era nada demais, mas depois de algumas décadas começou a ficar irritante. Muito irritante. Elas decidiram dar o troco com uma conspiração ainda mais sofisticada. Acompanhe.

Lembremos que o intuito das feministas é humilhar o homem inescrupulosamente, até que ele reconhece que sua existência no Planeta Terra é um erro da natureza, e ele passe o cetro do planeta para a mulher. Sabendo disso, e sabendo que as mulheres levaram 400 anos pra chegar onde estão e, portanto, não vão desistir tão fácil, fica bastante simples deduzir o que vem depois: elas decidem comprar as fábricas de embalagens! Claro! Com a posse da fábrica da maior vilã dos planos feministas, elas podem inventar mecanismos ainda mais diabólicos para se abrir as vasilhas, mecanismos que o homem, naturalmente, não consegue driblar. Elas inventam embalagens que usam o modelo "não é força, é jeito", porque homens só têm força, nunca têm jeito (sacaram o trocadilho?), pra poder humilhar, pisotear, destroçar o homem. E, finalmente, inventaram o abre-fácil, que o autor deste blog (um ser humano masculino, pra quem ainda não sabe) já teve o desprazer de enfrentar. há! Triunfo!

A partir de agora, a masculinidade dará conta sozinha. Um homem tentará abrir um pote, e não conseguirá, e os outros dirão que ele é um veadinho, um frouxo, um mela-cuecas infeliz. E os outros também tentarão. E falharão. E ficarão envergonhados e diminuídos ante o todo-poderoso poder feminino! Porque a mulher continua fazendo o que sabe fazer. E os frouxos homens não conseguem mais. Agora é só uma questão de décadas até o plano feminista lograr seu último resultado. E então, os homens ficarão em casa, imprestáveis, enquanto as mulheres comandam o mundo e dirigem a sociedade. Os homens não farão nada de útil. E as mulheres serão a raça mais importante. É, verdade, as mulheres armaram um plano e tanto. E por todo esse tempo, fizeram os homens acreditar que mandavam em tudo. Hehe, nunca desconfiaram de nada... Eles realmente acharam que comandaram a Revolução Industrial...

E então, os homens ficarão o resto de suas vidas assistindo futebol na TV, jogando vídeo-game e baixando seriado na internet, enquanto as esposas trabalham, cuidam da casa, das crianças, das contas, dos problemas. Os homens sugarão o PIB que as mulheres produzirão. Os homens não trabalharão mais, aqueles imprestáveis, porque as mulheres farão tudo.

Epa? Quem, afinal, levou vantagem nessa história?

"É, Kingston. Parece que as mulheres conseguiram. O plano que elas montaram há 400 anos deu certo. Somos imprestáveis, somos indesejáveis. Elas merecem o mérito."
"Do que está falando, O'Kelley? Plano delas? Claro que quem montou esse plano foi o homem! A gente queria ficar em casa dormindo enquanto a mulher trabalha, mas elas não podiam achar que foi idéia nossa. Senão não daria certo, entende? Agora, me passa a cerveja, o jogo do Arsenal vai recomeçar".

Ouvindo:
There Goes the Fear
Doves
The Last Broadcast (2002)

6 comentários:

Anônimo disse...

Ganhamos nós. Vocês vão morrer mais rápido com reumatismo e osteoporose.[x

Anônimo disse...

A propósito, sua imaginação é incrível.

Hahahhahahahahahha

Anônimo disse...

Haha, sem noção =P

Anônimo disse...

Rafa,
Vc fala de mais meeeeeu




Bjooo

Anônimo disse...

o final estragou tudo!!!!!

bobão!

Lili disse...

Er.. ¬¬

Não sustentarei homem nenhum. Mais fácil eu ser sustentada por homem do que sustentar alguém. aliás, se quiser me sustentar, já sabe que eu topo, mas minha mesada será alta.
E sim, eu quero exercer uma profissão, mas não pelo money, que também será meu. Muahahaha! :}

:P